A cidade do Rio de Janeiro anunciou neste sábado o cancelamento do próximo Reveillon, como se conhece no Brasil a noite de Ano Novo, devido ao novo coronavírus.
Em nota, a prefeitura informou que realizar o Reveillon "não é viável nesse cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina" e reiterou que "continua concentrando os esforços para salvar vidas e controlar a doença", que tem no Rio de Janeiro seu segundo lugar com mais mortes, após São Paulo.
A celebração do Ano Novo do Rio de Janeiro é uma das mais famosas do mundo, reunindo a cada 31 de dezembro cerca de três milhões de pessoas na praia de Copacabana para se despedir do ano velho e dar as boas vindas ao ano que começa, a maioria vestida de branco, como manda a tradição no Brasil.
A festa conta com vários shows musicais em palcos montados na areia e tem seu ápice na queima de fogos, lançados de barcos ancorados no mar em frente à praia.
Com o cancelamento da celebração, a empresa municipal de turismo (Riotur) anunciou que prepara um projeto "sem a presença ao vivo do público, em modelo virtual", com o qual espera atrair a atenção das pessoas pela televisão ou pelas plataformas digitais.
"O Reveillon não é um modelo rígido e pode ser realizado de varias formas, não apenas reunindo três milhões de pessoas na Praia de Copacabana", explicou a Riotur, que deverá apresentar uma proposta de evento ao prefeito Marcelo Crivella nos próximos dias.
O cancelamento do Reveillon carioca acontece uma semana depois de São Paulo, maior metrópole do país e da América do Sul ter anunciado a suspensão de sua tradicional festa de Ano Novo na Avenida Paulista, que costuma reunir um milhão de pessoas, pelo mesmo motivo.
Além disso, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou na sexta-feira a suspensão das festas de rua e dos desfiles das Escolas de Samba no Carnaval de 2021, que se realizaria em fevereiro e aventou a hipótese de um adiamento para o final de maio ou julho.
O adiamento do Carnaval de rua e dos desfiles das Escolas de Samba também está sendo discutido no Rio de Janeiro e tudo indica que não se realizará em fevereiro.
Em entrevista à imprensa na sexta-feira, o prefeito de São Paulo disse que pretende conversar com as administrações de outras cidades, especialmente Rio de Janeiro e Salvador (Bahia), cenário das festas mais famosas, para articular uma unificação de datas para o Carnaval do próximo ano.