Por Beatriz Cunha
O governo do estado de São Paulo anunciou na segunda-feira (6), que irá recrutar 9.000 profissionais da saúde voluntários, de diversas regiões do Brasil a partir da próxima segunda-feira (13), para participar da terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus.
A vacina foi desenvolvida pela Sinovac, farmacêutica chinesa de biotecnologia e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa).
A terceira fase dos testes foi autorizada pela Anvisa, e deverá ser realizada pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan.
O governador de São Paulo, João Dória, informou na segunda-feira, que após o recrutamento, a vacina será aplicada nos voluntários, no dia 20 de julho.
Como pré-requisito, os voluntários deverão todos ser profissionais de saúde, e não poderão ter sido contaminados pela Covid-19 anteriormente. Mulheres só poderão participar do projeto caso não estejam grávidas e nem planejem engravidar nos próximos 3 meses.
Os voluntários deverão morar nas proximidades de um dos 12 centros de pesquisa a conduzir o projeto, segundo noticiou o G1.
Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Dória afirmou que a inscrição é válida para profissionais de saúde, médicos, paramédicos e enfermeiros, em exercício ou que já exerceram a profissão.
“No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas 3 estão na fase chamada fase 3. Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das 3 vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
O Instituto Butantan informou que uma fábrica está sendo adaptada para produzir a vacina. A capacidade de produção é de 100 milhões de doses, e o Brasil deverá ficar com 60 milhões de doses para distribuição, segundo prevê o acordo com a Sinovac.
A parceria entre o Instituto Butantan e a Sinovac foi anunciada pelo governo de São Paulo em 11 de junho, tendo Dória afirmado que a vacina será disponibilizada pelo SUS a partir de junho de 2021, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.
Os testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina serão realizados em larga escala e precisam fornecer resultados definitivos sobre sua eficácia e segurança, ou seja, como resultado espera-se que seja capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19.