Taiyuan, 17 jun (Xinhua) -- Em Yaoundé, capital dos Camarões, An Buyue, uma médica chinesa acorda cedo para se preparar para o dia de trabalho.
Como chefe de uma equipe médica de 20 membros da Província de Shanxi, no norte da China, ela mal dormia o suficiente em um dia em certos períodos.
Trabalhar horas extras tornou-se uma rotina para a equipe médica, que está nos Camarões para uma missão de ajuda externa de um ano.
An disse à Xinhua em uma entrevista por telefone que a equipe começou a oferecer sessões de treinamento sobre prevenção e controle da Covid-19 para o Hospital de Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria de Yaoundé em 4 de fevereiro.
"Explicamos a característica etiológica, manifestação clínica e método terapêutico da doença, e sugerimos ao hospital que adote medidas rigorosas, como previsão e triagem ao receber pacientes", disse An.
Ela observou que o diretor do hospital estudou suas recomendações de prevenção e controle da epidemia.
Logo depois, suas recomendações, como colocar cartazes de conscientização antiepidêmica, montar uma clínica de febre e manter a distância social no hospital, foram adotadas.
An disse que outras equipes médicas chinesas na África também participaram da luta contra a pandemia ao lado de seus pares africanos.
O número de casos confirmados da Covid-19 em todo o continente africano ultrapassou 232.815 até domingo, de acordo com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças.
O número de óbitos chegou a 6.244 até manhã de domingo, de acordo com o centro.
Chen Haiyun, chefe de uma equipe médica chinesa para o Togo, disse que participou do trabalho de prevenção de doenças no país, incluindo a oferta de treinamento em prevenção e controle da Covid-19 para o centro de saúde regional de Lomé-Commune.
An disse que, diante da escassez de suprimentos de proteção, os membros da equipe médica chinesa costumavam usar máscaras vencidas durante o tratamento ambulatorial. Ela acrescentou que, felizmente, nenhum dos médicos chineses nos Camarões foi infectado.
Com uma melhoria na situação de prevenção e controle da epidemia doméstica, a China aumentou a assistência médica a outros países em necessidade.
Em 3 de abril, a equipe de An recebeu um lote de materiais de prevenção epidêmica enviado pela Comissão Nacional de Saúde da China. Logo depois, o segundo e o terceiro lotes de suprimentos médicos foram enviados para as equipes médicas chinesas na África.
"Realmente podemos sentir a força do nosso país. Agora nossa segurança é garantida, podemos nos concentrar mais na proteção do povo local na África", disse An.
A China montou sua primeira equipe médica para fornecer ajuda a países estrangeiros em 1963. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, a China havia enviado mais de 26 mil médicos para 71 países e regiões da Ásia, África, América Latina e Oceania até o final de 2019, fornecendo diagnóstico e tratamento para mais de 280 milhões de pacientes locais.
