San Francisco, 10 jun (Xinhua) -- O mercado chinês de aviação se tornará o maior do mundo, afirmou Stan Deal, presidente e diretor executivo da Boeing Commercial Airplanes, nesta quarta-feira.
"Mesmo que a pandemia da COVID-19 tenha interrompido o dinamismo, acreditamos que o mercado de aviação chinês voltará a crescer acima da tendência a longo prazo e, eventualmente, se tornará o maior do mundo", disse Deal em entrevista à Xinhua.
"Em perspectiva, a China acrescentou mais capacidade nos últimos 10 anos do que o total dos próximos seis mercados emergentes de mais rápido crescimento, incluindo Índia, Rússia e Brasil", avaliou Deal, reafirmando o compromisso da Boeing em apoiar e viabilizar esse crescimento como um parceiro decisivo no ecossistema de aviação chinês.
"As companhias aéreas chinesas hoje estão entre as maiores e mais produtivas do mundo. Sob muitos aspectos, a Air China, a China Southern, a China Eastern e a Hainan não são mais companhias aéreas da China, são transportadoras globais que ajudam a definir o padrão do setor para operações internacionais, serviço de bordo e experiência de passageiros. Também lideram uma classe de transportadoras emergentes que, juntas, tornarão a China o maior mercado de aviação comercial do mundo ", acrescentou.
Deal assinalou que a indústria da aviação será fundamental para permitir o crescimento dentro do país e facilitar o comércio e o intercâmbio cultural em todos os cantos do mundo.
Do ponto de vista da Boeing, disse ele, enquanto os voos internacionais mais longos precisarão de mais tempo para regressar aos níveis pré-COVID-19, no geral a indústria de aviação continuará permitindo o comércio global e o intercâmbio cultural, transportando eficazmente pessoas e produtos para todo e qualquer lugar.
Para Deal, é improvável que a pandemia reverta a tendência da globalização, pois tem sido uma força poderosa para o crescimento e desenvolvimento, enquanto o novo desafio é encontrar um modo de equilibrar rapidamente os benefícios da globalização e gerenciar as possíveis consequências. "Esta é a nova normalidade para a nossa indústria e para o nosso mundo."
"Acreditamos que a China continuará desempenhando um papel essencial na economia global", observou.