Trump ordena retirada da Guarda Nacional de Washington, D.C.

Fonte: Diário do Povo Online    08.06.2020 15h41

Manifestantes passam em frente à Casa Branca durante um protesto pela morte de George Floyd em Washington DC, Estados Unidos, em 31 de maio de 2020. (Xinhua / Liu Jie)

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo (7) que ordenou que a Guarda Nacional recentemente destacada em Washington, DC para lidar com os protestos começasse sua retirada da capital do país.

"Acabei de dar uma ordem à nossa Guarda Nacional para iniciar o processo de retirada de Washington, DC, agora que tudo está sob perfeito controle", twittou o presidente de manhã. "Eles vão para casa, mas podem retornar imediatamente, se necessário. Os manifestantes apareceram ontem à noite em menor número do que o previsto!"

Um grupo de militares uniformizados foi visto em frente à Casa Branca no sábado (6), quando milhares de manifestantes entraram em Washington para encenar a maior manifestação da capital desde a morte de George Floyd, um homem negro de Minneapolis, nas mãos de policiais brancos.

Exigindo mudanças nas práticas policiais e prestando homenagem a Floyd, o protesto de sábado permaneceu pacífico. A música ecoava de um caminhão, surgiam festas improvisadas e as pessoas utilizaram giz para escrever mensagens nas ruas.

Menos de uma semana atrás, no entanto, quando os protestos aumentaram e chegaram às portas da residência presidencial, Trump ameaçou o uso de forças militares ativas para reprimir os protestos, uma decisão que provocou duras condenações por parte dos atuais e ex-funcionários.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, escreveu uma carta ao presidente americano na sexta-feira (5), pedindo que ele "retirasse todas as forças policiais extraordinárias federais e presença militar" em sua cidade, citando a natureza pacífica das manifestações.

A Guarda Nacional de D.C. confirmou no sábado que estava investigando se era apropriado usar um de seus helicópteros durante os protestos de segunda-feira. O helicóptero voou baixo sobre a área da Casa Branca, pois as autoridades no terreno usaram armas não-letais para abrir caminho para Trump que seguiu até uma igreja perto da Casa Branca em uma atividade fotográfica, o que causou extrema controvérsia.

"A conclusão de uma investigação completa e transparente é da mais alta prioridade para mim e para a equipe de investigação", disse o major-general William Walker, comandante da Guarda Nacional do DC, em comunicado.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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