Jerusalém, 18 mai (Xinhua) -- Pesquisadores israelenses descobriram que mais de 70% dos pacientes com coronavírus no país foram infectados por uma cepa originária dos EUA, informou nesta segunda-feira a Universidade de Tel Aviv (TAU), no centro de Israel.
De acordo com um estudo realizado pela TAU, os pacientes atuais foram infectados com cepas importadas da Bélgica (8%), França (6%), Reino Unido (5%), Espanha (3%), Itália, Filipinas, Austrália e Rússia.
A pesquisa foi baseada em uma primeira sequência genômica em grande escala da cepa do novo coronavírus, realizada pelos pesquisadores da universidade e publicada no servidor de pré-impressão medRxiv para ciências de saúde.
A equipe mapeou a disseminação para e dentro de Israel pela decodificação da sequência genômica da cepa do vírus no país.
O novo coronavírus tem mutações que ocorrem em um ritmo definido e isso pode ajudar a rastrear a cadeia de infecção entre os países, como uma espécie de código de barras.
Para mapear a origem da infecção em Israel, os pesquisadores compararam as sequências genômicas de 200 pacientes locais com cerca de 4.700 sequências genômicas de pacientes em todo o mundo.
A sequência genômica também fornece dados precisos sobre a disseminação do vírus dentro de Israel, acrescentando elemento essencial para a investigação epidemiológica que até agora foi baseada em questionamentos subjetivos.
Esses dados podem servir como uma base importante para decisões informadas sobre quais instituições devem ser fechadas, por quanto tempo e em que formato.
Com base na sequência genômica, a equipe também desenvolveu um modelo estatístico-matemático, segundo o qual mais de 80% das infecções em Israel são originárias de apenas 10% dos pacientes, no máximo.
Isso significa que esses 10% eram "super espalhadores", pessoas que viajam por toda parte e infectam muitas outras pessoas.