Face à introdução de novos regulamentos de controle de exportações, restringindo as operações da Huawei, propostos pelo Departamento do Comércio dos EUA em 15 de maio, um porta-voz do Ministério do Comércio da China apresentou no dia 17 a forte oposição da China, pedindo aos EUA que cessem imediatamente práticas erradas e que irá tomar todas as medidas necessárias para defender os direitos e interesses legítimos das empresas do país.

O Ministério do Comércio da China acrescentou que as imposições dos Estados Unidos em nome da suposta segurança nacional, o abuso dos controles de exportação e outras medidas para continuar a suprimir e conter empresas específicas de outros países é uma violação dos princípios do mercado e da concorrência justa, bem como uma desconsideração das regras econômicas e comerciais internacionais elementares.

As iniciativas norte-americanas estão destruindo as cadeias globais de manufatura, de aprovisionamento e de valor, prejudicado os interesses das empresas chinesas, americanas e de outros países.

A China insta os EUA a porem imediatamente termo a práticas erradas e a criarem condições para que as empresas possam normalizar as relações comerciais e de cooperação. A China tomará todas as medidas necessárias para defender os direitos e interesses legítimos de suas empresas.

No dia 16 de maio, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou um novo plano para modificar os regulamentos de controle de exportação, restringindo o acesso a empresas estrangeiras a chips dos EUA, como a Huawei ou a HiSilicon.

As autoridades americanas adiantaram, porém, que a regra permitiria que os chips já produzidos fossem enviados à Huawei até 120 dias a partir de sexta-feira (15). Esses chips terão de ser produzidos antes de sexta-feira, caso contrário, estarão excluídos, segundo as novas regras.

O Departamento de Comércio dos EUA atribuiu ainda uma licença temporária, a qual permitirá que as empresas dos EUA continuem seus negócios com a Huawei até 13 de agosto, muitas das quais são operadoras de redes sem fios em áreas rurais nos EUA. O departamento alertou que essa é a última extensão prevista.