Desde que dois membros do staff da Casa Branca testaram positivo para o novo coronavírus na semana passada, os oficiais que foram potencialmente expostos responderam de variadas maneiras, levantando questões sobre a eficiência da forma como o surto está sendo combatido.

Na sexta-feira à noite, uma porta-voz de Anthony Faucy, o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas, disse que iria trabalhar de casa algumas vezes.

Robert Redfield, diretor do CDC, “vai trabalhar a partir de casa nas próximas duas semanas”, após “exposição de baixo risco” na quarta-feira a uma pessoa da Casa Branca com a doença, noticiou o Washington Post no sábado, citando um porta-voz.

Stephen Hahn, 60 anos, da Food and Drug Administration, está em auto-isolamento por várias semanas após ter entrado em contato com uma pessoa que testou positivo para o coronavírus, segundo um porta-voz daquela organização.

O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, descreveu a forma como a atual administração americana está lidando com a pandemia como “caótica”, disse uma fonte no sábado. Durante a sua chamada na sexta-feira com 3000 membros da Obama Alumni Association, composta por ex-quadros da sua administração, Obama disse: “Seria mau mesmo com o melhor governo. Tem sido um absoluto desastre caótico com aquele mindset de ‘o que é que eu posso ganhar com isto’ e ‘que se dane tudo o resto’ é aplicado no nosso governo”.

No domingo, os EUA continuavam como o país mais afetado pelo vírus, com mais de 1,3 casos diagnosticados e pelo menos 78,799 mortes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O número real de casos deverá ser bastante mais alto, devido à insuficiência de testes e casos não relatados, segundo a imprensa local.

A OMS reiterou na sexta-feira que a solidariedade global é crítica para combater a Covid-19, tal como aconteceu há 40 anos para erradicar a varíola.