Rio de Janeiro, 28 abr (Xinhua) -- O governo brasileiro admitiu nesta terça-feira a "piora da situação" causada pela doença do novo coronavírus (Covid-19) no país, após confirmar 474 mortes nas últimas horas, o maior número registrado desde o inicio da epidemia.

Em uma entrevista à imprensa na noite de terça-feira, o ministro da Saúde, Nelson Teich, assegurou que "o que tem que ficar claro é que é um número que vem crescendo. Temos que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, com a piora da situação."

Na quinta-feira passada, quando foram registrados 407 óbitos, recorde até então, Teich tinha assegurado que era necessário esperar os próximos dias para saber se o aumento representava uma tendência ou apenas a divulgação de casos acumulados por confirmar.

Nesta terça-feira, ao comentar a situação, admitiu que a piora da situação "segue restrita" a algumas cidades que estão enfrentando "as maiores dificuldades" para atender a todos os infectados, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Recife.

Por sua parte, o secretário nacional de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, prognosticou que as cifras de mortos e infectados no país iriam aumentar nas próximas semanas.

"Os estados que mais nos preocupam são aqueles que estão apresentando a situação mais intensa de transmissão. São Paulo, nas próximas semanas, pode ter uma intensidade na região metropolitana. Rio de Janeiro, Pernambuco, Recife, Fortaleza e Manaus são os locais que, no momento, nos chamam mais atenção", comentou.

Segundo o último balanço divulgado na pelo governo brasileiro, 5.017 pessoas já morreram no país devido ao vírus e há 71.886 casos confirmados.