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Brasileira Embraer acusa a norte-americana Boeing de rescindir contrato de "forma indevida"

Fonte: Xinhua    26.04.2020 15h00
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São Paulo, 25 abr (Xinhua) -- A brasileira Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, afirmou neste sábado que a companhia norte-americana Boeing rescindiu "de forma indevida" e com base em "falsas alegações" o contrato comercial entre as empresas no valor de US$ 4,2 bilhões.

O comunicado da Embraer foi divulgado no mesmo dia em que a Boeing anunciou a rescisão do acordo que daria à gigante norte-americana o controle sobre a divisão de aviação comercial da empresa brasileira.

O acordo firmado em 2018 previa a criação de uma empresa conjunta que ficaria sob o comando da Boeing, que teria 80% de participação, enquanto a Embraer ficaria com os 20% restantes, e poderia vender a sua parte para a norte-americana.

Em um comunicado aos investidores, a Boeing informou que "exerceu seu direito de rescindir" o acordo "após a Embraer não ter atendido as condições necessárias".

"A Embraer acredita firmemente que a Boeing rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de finalizar a negociação e pagar à Embraer o preço de compra de US$ 4,2 bilhões", afirmou por sua vez a empresa brasileira.

Líder mundial no mercado de aviões executivos, a Embraer responsabilizou a fabricante norte-americana de ter adotado "um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA, devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 Max e outros problemas comerciais e de reputação".

Ao rechaçar as acusações da Boeing, a Embraer afirmou ter cumprido "todas as suas obrigações e condições necessárias previstas até 24 de abril de 2020" e anunciou que buscará todas as medidas possíveis contra a Boeing pelos danos sofridos com a rescisão do contrato.


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