Governo brasileiro anuncia compra de 8.000 respiradores para atender pacientes com Covid-19

Fonte: Xinhua    03.04.2020 15h29

Rio de Janeiro, 2 abr (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira a compra de 8.000 respiradores por 1,2 bilhão de reais (US$ 228 milhões) para poder atender aos pacientes mais graves infectados pelo novo coronavírus.

A compra foi anunciada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após uma reunião com o procurador-geral da república, Augusto Aras, na qual assinaram um acordo para integrar o trabalho dos Ministérios Públicos federal e regionais com o Ministério da Saúde e as secretarias regionais e municipais da área.

"Conseguimos fazer uma compra", disse o ministro, que explicou que a ganhadora da licitação foi a quinta na lista final das que concorreram.

"As que ficaram em primeiro e segundo lugares avisaram que não conseguiriam fazer a entrega. Tivemos que comprar da empresa que ficou em quinto lugar e que prometeu entregar os respiradores em 30 dias", acrescentou.

O ministro descartou que haja um desabastecimento de produtos de proteção para os profissionais do sistema de saúde no país, embora tenha admitido que o governo está com dificuldades para encontrar empresas que vendam máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção individual.

"Se houver necessidade de ir buscá-los lá fora, o ministro da Infraestrutura já está preparando toda a logística internacional. Se tivermos de ir à China, a Wuhan, local que mais produz esses equipamentos, temos condições e já temos um plano de logística", acrescentou.

Segundo Mandetta, o Brasil vive "um momento intenso de ajuste de toda a produção e logística. Às vezes se diz: 'tenho recursos, compro'. E a empresa responde 'eu te vendo mas não tenho avião'. Então, há que ir a outro aeroporto, transportar a carga... querem o pagamento em dinheiro. O mercado mudou muito".

O ministro destacou que o governo "está conseguindo manter todos os estados abastecidos. Há estados que pediram para parar de entregar equipamentos porque não têm uma central de estoques, um armazém".

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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