Rio de Janeiro, 10 mar (Xinhua) -- O governo brasileiro pretende contratar 5.000 médicos para poder reforçar a capacidade de assistência em saúde durante a emergência provocada pela doença do novo coronavírus (Covid-19), informou a Agência Brasil nesta terça-feira.
O Ministério da Saúde anunciou que lançará esta semana um edital de convocação do programa "Mais Médicos". A previsão é que os médicos que aderirem ao programa comecem a atuar dentro de três semanas, possibilitando fortalecer o atendimento nos postos de saúde e evitar o colapso dos hospitais.
O programa "Mais Médicos" foi lançado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff para atender a população das zonas mais isoladas e remotas do Brasil, bem como o interior dos estados.
Com o programa, chegaram ao país milhares de médicos de todo o mundo, principalmente de Cuba, cujo governo cancelou o acordo e repatriou seus profissionais no final de 2018 devido a polêmicas com o então presidente eleito Jair Bolsonaro.
Os médicos a serem contratados por esse novo edital vão trabalhar nas capitais regionais e grandes centros urbanos, já que, por serem os locais com maior concentração de pessoas, têm maiores probabilidades de expansão do coronavírus.
"Os profissionais que se inscreverem no programa farão um atendimento geral à população, junto às equipes da Saúde da Família, principal porta de entrada do sistema público de saúde", explicou o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
Segundo o governo, o ministério trabalha na organização e na estrutura necessárias para a criação de uma Agencia para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), que será responsável pela seleção e contratação dos profissionais que atuarão no programa.
De acordo com o boletim divulgado nesta terça-feira pelas autoridades sanitárias, o Brasil tem um total de 34 pessoas infectadas pela Covid-19, sendo que existem 893 casos suspeitos e 790 descartados.