Abafamento político dos meios de comunicação chineses expõe hipocrisia dos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    04.03.2020 10h59

Zhong Sheng

No dia 2 de março, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que iria tomar medidas para limitar o número de funcionários chineses em 5 meios de imprensa chineses no país. A decisão dos EUA é, na realidade, uma interdição infundada e irracional de repórteres chineses. Trata-se de uma supressão política, promovida pelo preconceito ideológico e por uma mentalidade de Guerra Fria. A China opõe-se resolutamente e condena a situação, urgindo os EUA a mudarem a sua postura, e reserva-se ao direito de adotar medidas de resposta.

A imprensa é um elo importante para se criarem pontes, fortalecer a comunicação e a compreensão. Os correspondentes chineses nos EUA desde sempre cumpriram estritamente as leis e os regulamentos locais, aderiram à ética profissional jornalística e aos princípios da objetividade, justiça, verdade e precisão no seu trabalho em solo norte-americano. O seu profissionalismo foi reconhecido por colegas do setor. Estes jornalistas desempenham um papel ativo na promoção da comunicação entre os povos chinês e americano, na promoção de intercâmbios culturais e no desenvolvimento de relações bilaterais.

O que aconteceu à liberdade de imprensa que os EUA tanto apregoam? A interferência e obstrução nas normais operações dos media chineses nos EUA revelam a sua hipocrisia. Desde exigir que os meios de comunicação chineses se registrem como “agentes estrangeiros”, a listar 5 meios de comunicação chineses como “missões estrangeiras”, a “restringir o número de pessoas”, tudo isto consiste, de fato, na “deportação” de repórteres chineses dos EUA. Os Estados Unidos escalaram a sua campanha contra a imprensa chinesa, comprometendo profundamente a sua normal atividade e o intercâmbio entre os dois países. A comunidade internacional pode agora testemunhar a dualidade de critérios e as atitudes condenáveis contra a imprensa chinesa. O website da organização sem fins lucrativos “Artigo 19” aferiu que o ambiente da imprensa nos EUA tem se deteriorado, com repórteres atacados, investigados, detidos, intercetados nas fronteiras e impedidos de publicar informação. O diretor executivo da organização, Thomas Hughes, criticou a ameaça à liberdade de imprensa nos EUA nos últimos anos.

Os EUA advogam que a “redução da presença da imprensa chinesa nos EUA visa atingir a “reciprocidade” nas relações China-EUA”, mas a alegada busca pela “reciprocidade” é meramente uma desculpa para os EUA discriminarem, excluírem e suprimirem a imprensa chinesa. O fato é que existem apenas 9 meios de imprensa chineses nos EUA, enquanto existem 29 na China. A China nunca colocou restrições no número de meios de comunicação e quadros americanos na China. O número de jornalistas americanos enviados à China é uma escolha da imprensa americana, e não o resultado de restrições chinesas. Desde 2018, os EUA restringem jornalistas chineses de entrarem nos EUA, através da recusa ou atraso na emissão de vistos. Pelo menos 21 pessoas viram seu visto recusado desde o ano passado. Jornalistas dos EUA na China podem viajar para a China e para fora do país múltiplas vezes durante a validade de seus vistos, mas os EUA adotaram medidas discriminatórias contra os jornalistas chineses, emitindo apenas vistos de uma entrada.

Os fatos revelam que o pretexto de “equivalência” proposto pelos EUA é ridículo. Em suma, esta mentalidade de Guerra Fria surge em resposta ao receio da China defender a justiça e um discurso internacionalista.

Esperemos que os EUA cessem imediatamente os ataques políticos contra a imprensa chinesa e passem a se focar nos interesses comuns aos dois países, fazendo mais para facilitar a confiança mútua e a cooperação sino-americana.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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