China exige retratação de jornal americano

Fonte: Diário do Povo Online    25.02.2020 11h39

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian estreia como porta-voz do ministério, em 24 de fevereiro, 2020. (Foto/Xinhua)

A China não será um "cordeiro silencioso" diante de insultos cruéis e difamação, e o The Wall Street Journal deve se desculpar por uma manchete racista em uma seção de opinião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian disse na segunda-feira (24).

Zhao, que estreia como porta-voz do ministério, fez a observação em sua primeira coletiva de imprensa diária offline desde o Festival da Primavera.

O ministério realizou conferências de imprensa online por três semanas consecutivas devido ao surto de pneumonia causado pelo novo coronavírus.

O comentário de Zhao veio após relatórios que afirmavam que 53 dos funcionários do jornal na China assinaram um e-mail que foi enviado aos seus chefes na quinta-feira (20), pedindo que considerassem corrigir a manchete e pedir desculpas.

A China disse que tinha revogado as credenciais de imprensa de três jornalistas baseados em Beijing do The Wall Street Journal devido à linguagem racista usada pelo jornal.

Zhao afirmou que o The Wall Street Journal "vem repetidamente adulterando a matéria e esquivando-se de sua responsabilidade, usando a desculpa de que suas seções de notícias e opiniões são independentes umas das outras".

"Não faz sentido", afirmou Zhao.

"Já que foi arrogante o suficiente para publicar o conteúdo, por que o The Wall Street Journal não tem coragem de se desculpar?" ele questionou, acrescentando que a China não está interessada na divisão estrutural dentro do jornal, e que deve enfrentar as consequências de seu comportamento.

O artigo de opinião do jornal suscitou indignação entre o povo chinês e foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas nenhum pedido de desculpas foi emitido oficialmente, disse Zhao.

"A China reserva-se o direito de tomar as devidas providências", afirmou ele.

Em outro desenvolvimento na segunda-feira, o Ministério da Cultura e Turismo exortou fortemente o povo chinês a não viajar para os Estados Unidos.

Dadas as medidas excessivas que os EUA tomaram para evitar o novo coronavírus e a situação de segurança doméstica dos EUA, turistas chineses nos EUA têm enfrentado repetidamente o tratamento injusto recentemente, afirmou o ministério numa declaração.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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