O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian estreia como porta-voz do ministério, em 24 de fevereiro, 2020. (Foto/Xinhua)
A China não será um "cordeiro silencioso" diante de insultos cruéis e difamação, e o The Wall Street Journal deve se desculpar por uma manchete racista em uma seção de opinião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian disse na segunda-feira (24).
Zhao, que estreia como porta-voz do ministério, fez a observação em sua primeira coletiva de imprensa diária offline desde o Festival da Primavera.
O ministério realizou conferências de imprensa online por três semanas consecutivas devido ao surto de pneumonia causado pelo novo coronavírus.
O comentário de Zhao veio após relatórios que afirmavam que 53 dos funcionários do jornal na China assinaram um e-mail que foi enviado aos seus chefes na quinta-feira (20), pedindo que considerassem corrigir a manchete e pedir desculpas.
A China disse que tinha revogado as credenciais de imprensa de três jornalistas baseados em Beijing do The Wall Street Journal devido à linguagem racista usada pelo jornal.
Zhao afirmou que o The Wall Street Journal "vem repetidamente adulterando a matéria e esquivando-se de sua responsabilidade, usando a desculpa de que suas seções de notícias e opiniões são independentes umas das outras".
"Não faz sentido", afirmou Zhao.
"Já que foi arrogante o suficiente para publicar o conteúdo, por que o The Wall Street Journal não tem coragem de se desculpar?" ele questionou, acrescentando que a China não está interessada na divisão estrutural dentro do jornal, e que deve enfrentar as consequências de seu comportamento.
O artigo de opinião do jornal suscitou indignação entre o povo chinês e foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas nenhum pedido de desculpas foi emitido oficialmente, disse Zhao.
"A China reserva-se o direito de tomar as devidas providências", afirmou ele.
Em outro desenvolvimento na segunda-feira, o Ministério da Cultura e Turismo exortou fortemente o povo chinês a não viajar para os Estados Unidos.
Dadas as medidas excessivas que os EUA tomaram para evitar o novo coronavírus e a situação de segurança doméstica dos EUA, turistas chineses nos EUA têm enfrentado repetidamente o tratamento injusto recentemente, afirmou o ministério numa declaração.