Washington, 4 jan (Xinhua) -- O Departamento de Segurança Interna (DSI) dos EUA publicou um boletim no sábado, pedindo aos americanos que estejam preparados para "interrupções cibernéticas, e-mails suspeitos e atrasos na rede", em meio a tensões entre Washington e Teerã.

O boletim, que a agência disse que descreve "desenvolvimentos atuais ou tendências gerais sobre ameaças de terrorismo", veio após um ataque aéreo dos EUA no Iraque na sexta-feira que matou o comandante iraniano, Qassem Soleimani.

Citando declarações públicas do Irã de que pretende retaliar os Estados Unidos, o boletim disse que não há informações no momento "indicando uma ameaça específica e credível" à pátria dos EUA.

O boletim afirmava que o Irã "mantém um programa cibernético robusto e pode executar ataques cibernéticos contra os Estados Unidos".

"O Irã é capaz, no mínimo, de realizar ataques com efeitos disruptivos temporários contra infraestrutura crítica nos Estados Unidos", afirmou.

Além disso, o DSI alertou que "extremistas violentos internos poderiam capitalizar as tensões aumentadas para lançar ataques individuais", enfatizando que "um ataque na pátria pode vir com pouco ou nenhum aviso".

O secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, twittou no sábado que sua agência está monitorando e se preparando ativamente para qualquer ameaça específica e credível, caso surja.

O assassinato de Soleimani nos EUA provocou indignação no Irã, que prometeu retaliar, já que a comunidade internacional está pedindo o máximo de contenção por parte dos lados relevantes para evitar uma nova escalada de tensões na região do Golfo.

Protestos contra a guerra ocorreram em muitas cidades dos EUA, incluindo Washington D.C., Nova York, Chicago, Filadélfia e Los Angeles, no sábado.

"Para todos os que acreditam na paz, para todos os que se opõem a mais uma guerra catastrófica, agora é a hora de agir", disse a coligação Agir Agora para Parar a Guerra e Acabar com o Racismo, que organizou os eventos.