Santiago, 20 out (Xinhua) -- O Chile estendeu neste domingo um estado de emergência às regiões atingidas por protestos violentos, que causaram pelo menos três mortes e 716 prisões, disseram autoridades.
Os protestos, desencadeados por aumentos de tarifas de transporte público, começaram na capital e se espalharam para outras regiões do país. O estado de emergência está em vigor na capital e outras regiões de Coquimbo, Valparaíso e Metropolitana.
O presidente chileno, Sebastian Pinera, declarou na sexta-feira um estado de emergência em Santiago, enquanto manifestantes atearam fogo em estações de metrô.
Segundo um relatório do governo, duas mulheres morreram no sábado, quando um supermercado foi saqueado e incendiado no distrito de San Bernardo, em Santiago. A terceira vítima morreu horas depois, sem detalhes divulgados.
Além disso, dois manifestantes foram baleados por soldados em um posto de controle militar e estão em estado grave.
Outros 15 civis e 61 policiais foram feridos em todo o país durante as manifestações.
Incêndios e danos foram relatados em dezenas de estações de metrô em Santiago, e várias escolas suspenderam as aulas na segunda-feira. As pessoas estavam alinhadas em frente aos postos de gasolina para encher seus tanques para a próxima semana de trabalho.
O ministro da Defesa Nacional do Chile, Javier Iturriaga, disse no sábado que "há muito trabalho a ser feito" antes de segunda-feira para que "todos possam voltar ao trabalho e continuar normalmente com suas vidas".
Os protestos começaram depois que o governo elevou a tarifa do metrô de Santiago no horário de pico de 800 para 830 pesos chilenos (de 1,13 para 1,17 dólares americanos) no dia 6 de outubro.
Devido a violência, Pinera anunciou no final do sábado a "suspensão" do aumento da tarifa, segundo o jornal El Mercurio.