Hong Kong: manifestantes radicais recorrem a dispositivo explosivo por control remoto

Fonte: Diário do Povo Online    15.10.2019 16h14

O progressivo aumento dos ataques violentos contra a polícia de Hong Kong, incluindo um ataque com recurso a uma faca ao pescoço de um policial, e o arremesso de bombas de fabrico artesanal, levaram os especialistas a argumentar que tais táticas extremas, postas em prática pelos manifestantes no fim de semana, devem ser classificadas de terrorismo pelas autoridades.

Os especialistas encorajaram também a polícia a melhorar e reforçar a manutenção da lei, visando tratar de modo “implacável” os manifestantes extremistas.

Kong Wing-cheung, superintendente sénior do setor de relações públicas da polícia, disse em uma coletiva de imprensa na sede da polícia de Hong Kong na segunda-feira que 201 pessoas, com idades entre os 14-62, foram detidas entre sexta-feira e domingo, por alegadamente realizarem assembleias ilegais, posse de armas, incendiarismo e uso de máscaras em uma assembleia ilegal.

Durante as assembleias ilegais no fim de semana, 12 policiais foram feridos, incluindo um, vítima de uma facada no pescoço e dois que sairam com ferimentos na cabeça, segundo a polícia.

Kong disse que o oficial atacado por uma faca no distrito de Kwun Tong no domingo, tem uma ferida de 3 a 4 centímetros no lado direito do pescoço, sendo que uma veia e um nervo foram cortados completamente, e apenas mais tarde unidos pelo staff médico.

O superintendente sénior Steve Li Kwai-wah, da repartição de Crime Organizado e Tríades, disse aos repórteres na coletiva de imprensa que a polícia irá deliberar sobre a pena do atacante juntamente com o departamento de justiça. A punição máxima poderá ser a prisão prepétua.

Um aparelho explosivo improvisado de control remoto via celular, rebentou no domingo à noite em Kowloon, sendo o primeiro caso desta índole em Hong Kong, segundo a polícia.

De acordo com declarações Li Chin-chiu, oficial da repartição de explosivos, em coletiva de imprensa na segunda-feira,o explosivo tinha apenas um intuito: matar policiais

Li Chin-chiu mostrou uma imagem de uma explosão pelas 8 da noite, capturada através de uma câmara montada em um veículo, a cerca de 10-15 metros de um grupo de policiais que removiam barricadas na rua Nathan. A explosão não provocou feridos.

Nas imediações do local da explosão foram encontrados materiais para o fabrico destes dispositivos. Tratava-se de uma bomba artesanal controlada via celular, disse Li Chin-chiu, sendo que a explosão poderia ferir não só a polícia mas também civis.

Li Wei, um especialista em contra-terrorismo do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, sediado em Beijing, disse ao jornal Global Times que este caso, de acordo com as normas internacionais, pode ser considerado um ataque terrorista.

“Na instabilidade que dura há meses em Hong Kong, alguns radicais entre os manifestantes tornaram-se extremamente violentos”, disse Li Wei.

“Neste caso, o dispositivo explosivo dos atacantes poderia ter ferido a polícia e civis. Eles pretendem efetivamente criar e espalhar o terror na cidade”.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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