Por Beatriz Cunha e Fátima Fu
O artista brasileiro Caio Reisewitz posa em frente à sua instalação artística
O artista brasileiro Caio Reisewitz inaugurou nesta quinta-feira (5) uma instalação artística na Embaixada do Brasil em Beijing em que dialoga sobre a riqueza da biodiversidade brasileira e enaltece a Floresta Amazônica.
Estiveram presentes na cerimônia o embaixador brasileiro em Beijing Paulo Estivallet de Mesquita, diplomatas brasileiros, patrocinadores do evento, e alguns convidados distintos.
O embaixador Estivallet ressaltou o empenho do Diretor da Seção Cultural da Embaixada do Brasil em Beijing, Marcelo Azevedo de Araújo, que vem idealizando o projeto com o artista há dois anos.
A instalação recebeu o nome de “Catendaú”, nome fictício que remete às origens indígenas do povo brasileiro. As ‘fotos do reflexo da lua sobre o mar” da Floresta Amazônica agora fazem parte da fachada da embaixada brasileira.
Composta por três camadas de fotografias em formato curvelíneo, e em cores distintas, as imagens foram sobrepostas na fachada da embaixada do Brasil em Beijing. O suporte da obra possui uma camada laminada, o que permite que a mesma resista às intempéries por um período aproximado de 3 anos.
Caio Reisewitz, em sua quarta visita à China, vem denvolvendo trabalhos artísticos relacionados à China e ao Brasil. Ele relembra sua vinda em 2012, em que esteve em Guilin, na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi. Na época, produziu trabalhos fotográficos, alguns dos quais foram posteriormente exibidos em Nova York, no Centro International de Fotografia (ICP, na sigla em inglês).
A instalação "Catendaú” encontra-se na fachada do edifício da embaixada brasileira em Beijing
Reisewitz percebe a importância e responsabilidade de executar a presente instalação em uma sede do governo brasileiro. E por isso, destaca a biodiversidade, maior riqueza do Brasil.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Povo Online, o artista Caio Reisewitz explica sua obra detalhadamente e destaca saudosamente a Floresta Amazônica.
Caio utilizou formas abstratas já presentes em sua obra para reprentar a Floresta Amazônica, e enfatiza que a natureza da floresta por si só possui uma característica desconcertada.
Ele explica que esse desconcerto florestal se deve a presença de vários “elementos que são bagunçados mas se arranjam de uma forma harmoniosa” e faz relação direta com a harmonia da Floresta da Amazônia.
Reisewitz afirma que o intuito de “Catendaú” é transmitir a mensagem de que o Brasil é muito rico em biodiversidade, e além disso acrescenta que a escolha das cores vermelha e preta representam os problemas que o Brasil enfrenta para preservar suas florestas.
Caio afirma que a sobreposição do amarelo indica tolerância e determinação. Ele enfatiza a importância da tolerância nos tempos atuais, e enfatiza que com determinação, os problemas da Floresta Amazônica podem ser sanados.
