Mak Chin-ho, comissário assistente de operações policiais em Hong Kong, exibe uma bomba de gasolina confiscada durante as assembléias não autorizadas do fim de semana, em uma conferência de imprensa na sede da polícia em Wan Chai na segunda-feira (2). (Foto /China Daily)
Após outro fim de semana de destruição contínua, os funcionários e membros do público da Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong condenaram a violência que arrastou a cidade para o caos sem um fim previsível.
O secretário de segurança de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, disse que um "terror negro" se alastrou no último fim de semana, à medida que a violência se tornou extraordinariamente grave e aterrorizou a cidade, o que "minou completamente o Estado de Direito da mesma".
Lee fez o comentário em uma conferência de imprensa interdepartamental na segunda-feira (2)
Algumas bombas de gasolina foram jogadas em policiais por radicais violentos no fim de semana. Muitos desordeiros atearam fogo em diferentes locais da cidade. Eles atacaram policiais com tijolos e líquidos corrosivos.Tais atos representam uma série de ameaça à segurança pública, disse Lee.
Os manifestantes violentos atacaram pessoas cujas opiniões diferem das suas, criando uma atmosfera de "terror negro" em Hong Kong, ressaltou Lee.
As autoridades utilizaram o termo terrorismo para descrever os prolongados protestos da cidade contra a proposta de alteração da extradição agora arquivada.
Em meados de agosto, um porta-voz da autoridade superior da nação nos assuntos da cidade – o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado – alertou para o fato de a violência ter demonstrado os "primeiros sinais de terrorismo" na RAE.
Face a uma situação tão grave, Lee exortou o público de Hong Kong a falar contra a violência.
Encontrar uma desculpa para a violência é igual a incentivar a violência, ponderou Lee. Isso só impulsionará Hong Kong à margem da perda do controle, ele acrescentou.
Durante o fim de semana, 159 pessoas foram detidas sob suspeita de cometer vários crimes, incluindo posse de armas ofensivas, participando de uma assembléia não autorizada e obstruindo ou agredindo policiais, afirmou a polícia em uma conferência de imprensa na segunda-feira (2).
A polícia informou que foram feitas 1.117 prisões referentes aos protestos violentos que começaram em junho.
Os radicais subverteram descaradamente o Estado de Direito e perturbam a ordem, disse Matthew Cheung Kin-chung, secretário-chefe da administração do governo da RAE de Hong Kong.
O governo e a polícia vão seguir rigorosamente todos esses atos ilegais e levar os infratores à justiça, Cheung prometeu.
Em outro desenvolvimento, o porta-voz do Ministério das Relações Internacionais, Geng Shuang, na segunda-feira (2), rejeitou observações de uma funcionária da UE e instou a União Europeia a "distinguir o certo do errado".
Geng falou numa conferência de imprensa após a chefe diplomática da UE, Federica Mogherini, falar sobre a situação em Hong Kong, na sexta-feira (31).
Os protestos em Hong Kong tornaram-se radicais e violentos e desafiaram o Estado de Direito e a ordem em Hong Kong, disse Geng, acrescentando que eles ameaçaram seriamente as vidas e propriedade dos residentes de Hong Kong, e violaram os limites do princípio "um país, dois sistemas".
“Se tais crimes graves e violentos acontecessem na Europa, creio que nenhum país europeu se sentaria e os ignoraria ”, ele ponderou.
Também no fim de semana, manifestantes radicais paralisaram o tráfego e interromperam as operações no Aeroporto Internacional de Hong Kong, onde 25 voos foram cancelados no domingo (1º), de acordo com o Secretário de Transportes e Habitação Frank Chan Fan.
Além disso, mais de um terço das estações de metro da cidade foram danificadas.
Chan enfatizou que é "absolutamente inaceitável" que radicais tenham ignorado a liminar provisória do tribunal contra protestos no aeroporto e nas redes de metrô.