A visita dos navios ocorre em período sensível, e envia sinal erróneo aos manifestantes.
Os especialistas dizem que os pedidos para visitas portuárias a Hong Kong por parte da marinha americana são pouco oportunos e inconvenientes, dados os protestos massivos que têm ocorrido naquela Região Administrativa Especial, numa altura em que radicais violentos intensificam os seus ataques à polícia, obstruindo transportes públicos e a atividade comercial, e ameaçando as vidas e propriedades dos locais.
O governo chinês tem o direito de analisar caso a caso e aprovar ou recusar visitas de navios estrangeiros aos seus portos, de acordo com os princípios de soberania nacional e com as circunstâncias à data de consideração, dizem os especialistas.
O porta-voz da frota do Pacífico dos EUA, Nate Christensen, disse na terça-feira que a China negou as visitas portuárias agendadas para Hong Kong aos navios de transporte anfíbio USS Green Bay, para sábado, e ao cruzador de mísseis USS Lake Erie, em setembro.
As visitas portuárias servem geralmente de barómetro das relações sino-americanas. No ano passado, a China cancelou a visita a Hong Kong do navio anfíbio de assalto USS Wasp, após Washington ter aprovado a venda de $330 milhões em equipamentos militares a Taiwan e sancionado o exército Chinês por um acordo de armas com a Rússia.
A visita de um navio de guerra a Hong Kong assume a categoria de assuntos de defesa e diplomáticos, os quais requerem a permissão especial do governo central de Beijing, de acordo com a Lei Básica da RAEHK. O governo de Hong Kong é, assim, instruído no sentido de organizar os detalhes de tais eventos.
Estas visitas consistem tipicamente em intercâmbios diplomáticos, reparações, reabastecimento de combustível e suprimentos, e visitas locais, compras, entre outras atividades amistosas e de relaxamento. O consulado geral dos EUA em Hong Kong e Macau é encarregado de submeter os pedidos e outras informações relativas ao desenrolar destas atividades.