Lima, 17 jul (Xinhua) -- A extradição do ex-presidente peruano, Alejandro Toledo, dos Estados Unidos para ser julgado em casa pode demorar cerca de um ano, disse nesta quarta-feira segundo o ministro de Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio.
A autoridade disse que ele estava baseando a estimativa em um caso semelhante, no qual o ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, fugiu para Miami, estado da Flórida, para evitar enfrentar a justiça.
"Foi o tempo que levou para a extradição de Martinelli para o Panamá", disse Popolizio à agência estatal Andina.
Toledo, que enfrenta acusações de corrupção, foi preso no começo da terça-feira nos Estados Unidos.
O ex-chefe de Estado, que mora nos Estados Unidos desde 2017, é acusado de vários crimes, incluindo a aceitação de propinas da gigante brasileira Odebrecht em troca de um contrato do governo para construir a Rodovia Interoceânica que liga Peru ao Brasil.
Também foram feitas acusações contra sua esposa, Eliane Karp, e seu ex-chefe de segurança, Avraham Dan On, e seu filho, Shai Dan On.
Revelações de que a Odebrecht regularmente subornava autoridades na América Latina para garantir contratos governamentais lucrativos contaminaram uma série de presidentes peruanos, incluindo Ollanta Humala, Pedro Pablo Kuczynski e o falecido Alan Garcia durante seu segundo mandato.
Humala foi preso em 2017 e aguarda julgamento. Kuczynski pediu demissão para evitar um julgamento por impeachment em 2018.