Governo brasileiro injetará US$ 16,8 bilhões para reativar economia

Fonte: Xinhua    18.07.2019 15h21

Rio de Janeiro, 17 jul (Xinhua) -- O Governo brasileiro espera injetar 63 bilhões de reais (US$ 16,8 bilhões) na economia com a liberação de dois fundos de benefícios para os trabalhadores, com o objetivo de estimular a economia do país que no primeiro trimestre registrou uma contração de 0,2%.

O anúncio foi divulgado nesta quarta-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao canal de TV GloboNews, na qual assegurou que, após a aprovação no Congresso da reforma da Previdência Social e Aposentadorias, o governo prepara outras medidas de estímulo econômico.

Segundo Guedes, o governo pretende liberar 42 bilhões de reais (US$ 11,2 bilhões) de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores, e outros 21 bilhões de reais (US$ 5,6 bilhões) do Programa de Integração Social-Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS-PASEP).

Em maio, Guedes já tinha afirmado que o governo estudava liberar os recursos do FGTS assim que fosse aprovada a reforma da Previdência. O FGTS é um abono que os trabalhadores recebem quando são demitidos ou se aposentam e que podem sacar em algumas situações, como para a compra da casa própria e, ao liberá-lo agora, o governo espera ativar a economia.

Já o PIS, é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada, administrado pela Caixa Econômica Federal, enquanto o PASEP é o abono pago aos funcionários públicos, através do Banco do Brasil.

A intenção do governo é reativar a economia brasileira, que não consegue deixar para trás os efeitos da grave crise vivida entre 2015 e 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu em mais de 7 pontos.

Em 2017 e 2018, o Brasil cresceu apenas 1,1% em ambos anos e a previsão para 2019 era de que ficasse em cerca de 3%, mas o alto desemprego, que supera 13 milhões de pessoas e freia o consumo interno, e a baixa confiança dos consumidores e dos empresários fez com que a expectativa atual seja de 0,8%.

(Web editor: Zhang Rong, editor)

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