Washington, 13 jun (Xinhua) -- Um total de 661 empresas e associações dos EUA assinaram uma carta ao presidente Donald Trump, pedindo a sua administração que abandone os aumentos de tarifas e chegue a um acordo com a China, afirmou nesta quinta-feira uma campanha nacional anti-tarifária.
De acordo com um comunicado divulgado pela Tariffs Hurt the Heartland, uma campanha bipartidária contra impostos, 520 empresas e 141 associações disseram na carta que "continuam preocupadas com a escalada das tarifas" entre os EUA e a China.
"Sabemos, em primeira mão, que as tarifas adicionais terão um impacto significativo, negativo e de longo prazo nas empresas, agricultores, famílias e na economia norte-americana", dizia a carta. "As tarifas são impostos pagos diretamente pelas empresas dos EUA".
A carta foi enviada no momento em que o Escritório de Representação Comercial dos EUA planeja iniciar uma audiência pública no dia 17 de junho para solicitar comentários públicos e respostas às medidas tarifárias propostas.
A administração Trump aumentou as tarifas adicionais de 200 bilhões de dólares americanos em importações chinesas de 10% para 25% em maio, e ameaçou impor tarifas de 25% sobre praticamente todos os produtos chineses vendidos aos Estados Unidos, avaliados em cerca de 300 bilhões de dólares, que ainda não estão sujeitos a taxas extras.
Em resposta, a China aumentou as tarifas adicionais em uma série de importações dos EUA no dia 1º de junho.
As tarifas prejudicam o Heartland, combinadas com o impacto das tarifas e retaliações anteriormente implementadas, as novas tarifas sobre outros 300 bilhões de dólares de importações chinesas, se impostas, resultariam na perda de mais de 2 milhões de empregos nos EUA, somam mais de 2.000 dólares em custos para uma família americana média de quatro pessoas e reduzirá o valor do produto interno bruto dos EUA em 1%.
"Pedimos à sua administração que volte para a mesa de negociações", disseram os signatários da carta a Trump. "Uma guerra comercial crescente não é do melhor interesse do país e ambos os lados vão perder."