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Opinião: A economia chinesa tem um potencial imenso

Fonte: Diário do Povo Online    13.05.2019 13h30

Por Lu Yanan, Diário do Povo

A economia chinesa estava “acima das expectativas e permanece sólida face ao trimestre anterior”. Esta foi a avaliação da Reuters após a China ter publicado seus dados econômicos relativos ao primeiro trimestre do ano. Os dados estão em concordância com as expectativas gerais da comunidade internacional face ao desenvolvimento da economia chinesa.

Desde abril, diversas organizações financeiras internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), Citibank, e a JPMorgan Chase reviram em alta as suas previsões para o crescimento econômico da China este ano, expressando otimismo face à evolução econômica do país.

A China tem mantido um crescimento médio a médio-alto enquanto economia possante, e alcançará em breve uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspetos, mantendo o título de maior país em desenvolvimento do mundo, com 1/5 da classe média-alta global. Além disso, a China está se expandindo enquanto maior comerciante de bens do mundo.

Estes esforços não só conferem à China um desenvolvimento de alta qualidade, mas injetam também um forte ímpeto no desenvolvimento da economia mundial, silenciando vozes insensatas que apregoam o colapso da economia chinesa.

Hoje, cada vez mais são aqueles que acreditam que a resiliente economia chinesa contém um potencial imenso.

Esse potencial provém de uma estrutura econômica otimizada. Em comparação com o investimento e exportações, o consumo é um catalisador mais estável do crescimento econômico. Nos primeiros três meses de 2019, o consumo final contribuiu em 61,5% para o crescimento da economia chinesa. O consumo continuou a servir como base de crescimento econômico, também ele uma fonte importante da resiliência da economia chinesa.

Os analistas estrangeiros previram que a classe média chinesa continuaria a se expandir, e que o consumo do país dispararia para $14,3 trilhões até 2030, perfazendo 22% do total mundial.

O potencial advém da grande margem de manobra. Em meio ao desenvolvimento sinergético da nova industrialização, informatização, urbanização e modernização agrícola, a China tem vindo a criar continuamente capacidade e espaço para se desenvolver.

Durante a primeira temporada, o investimento na proteção ecológica e ambiental, educação e manufatura testemunhou crescimentos de 43%, 14,7% e 16,9%, respetivamente, muito mais rápido do que o investimento em ativos fixos de 6,3% (excluindo residências rurais).

Ao procurar ativamente soluções para o desenvolvimento inadequado e desequilibrado, e ao acelerar a construção de um mercado doméstico robusto, a economia chinesa está destinada a gozar de um grande potencial.

Esse potencial advém do ritmo acelerado com que o país substitui velhos motores de desenvolvimento com novas alternativas. Na China, 7 candidaturas a patentes são submetidas a cada minuto: 250,000 passageiros viajam em trens-bala a cada hora; 16,500 novas empresas são registradas diariamente. Além disso, o país manufaturou o vidro mais fino do mundo; produziu as carruagens de metrô mais leves, construiu a ponte marítima mais extensa, e desenvolveu o maior avião anfíbio do globo.

Com a implementação da estratégia nacional de desenvolvimento propalado pela inovação, a quota do investimento chinês em pesquisa e desenvolvimento no seu PIB superou a homóloga da UE. Novos catalisadores, representados por indústrias estratégicas emergentes e pela economia compartilhada, estão se expandindo continuamente, se tornando motores poderosos para o desenvolvimento de alta-qualidade da China.

A resiliência e potencial da economia chinesa são fruto de trabalho árduo. No caso das economias resilientes, as políticas e mecanismos devem ser ajustados por forma a melhorar a eficiência das atividades econômicas, criando, assim, um dinamismo duradouro.

Até ao final de 2018, mais de 95% das 336 maiores medidas reformistas propostas pela Terceira Sessão plenária do 18º Comitê Central do PCCh haviam sido implementadas.

A China tem de aderir irrevogavelmente à reforma estrutural do lado da oferta, e orientar a sua economia rumo a um círculo virtuoso de recuperação de preços, redução de custos, aumento de lucros e reforço da confiança. Com a convicção reformista firme e a coragem para firmar uma maior abertura, a economia chinesa irá abraçar o desenvolvimento vigoroso e ascender a um patamar mais elevado.

Em 2017, um artigo da Forbes referiu que o “milagre chinês” não havia ainda terminado – ele deu entrada na sua segunda fase. A economia chinesa, experienciando “chuvas e tempestades”, irá superar os desafios e criar novos e maiores milagres, agarrando oportunidades históricas, aprofundando a reforma e abertura e promovendo o desenvolvimento de alta qualidade.

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