O PSOE de Pedro Sanchez anunciou que iria formar um governo “pro-europeu” após a vitória do seu partido nas eleições espanholas de domingo.
De acordo com os dados publicados pelo Ministério do Interior, com mais de 99% dos votos contados, o PSOE venceu com 28,7%, conseguindo 123 lugares no Congresso espanhol de 350 lugares.
Isto significa que o PSOE consegue 37 assentos adicionais face à eleição de 2016, onde os socialistas conseguiram 22,63% dos votos e 85 assentos.
Os socialistas terminaram com 57 assentos a mais que o Partido Popular, que ficou em segundo classificado, mas viram a margem de votos cair de 33,01% em junho de 2016 para 16,69% no domingo, com o apoio aos partidos de direita dividido em 3.
O PP perdeu votos para o partido de centro-direita Ciudadanos, de Albert Rivera, que angariou 15,85% dos votos e conseguiu 57 lugares, enquanto o partido de extrema-direita Vox conseguiu 10,26% dos votos, entrando pelo congresso pela primeira vez, com 24 assentos.
“O Partido Socialista venceu as eleições e, com isso, vencemos o futuro e deixamos o passado para trás”, disse Sanchez na sede do seu partido em Madri.
“Demonstramos que esta é uma grande e sólida democracia, onde milhões de pessoas votaram para defender a democracia e o futuro”, disse.
Sanchez disse que a vitória da esquerda contra o bloco da extrema direita, revela que os espanhóis “não querem voltar atrás, mas querem um país que olhe para o futuro”.
“Enviamos também uma mensagem aos espanhóis, à Europa e ao mundo que é possível vencer contra reacionários e contra o autoritarismo”, frisou.
Embora precise agora de um governo de coalizão, Sanchez foi claro quanto à eleição ser “uma questão de vencer e governar”, e que “vencemos a eleição e vamos governar Espanha”.
Milhares de apoiantes socialistas entoaram “com Rivera não!” na rua em frente à sede do PSOE por duas ocasiões, tornando claro que o público não quer uma coalizão com o partido Ciudadanos.
Embora Sanchez disse ter “ouvido” os cânticos, ele insistiu que ele e o seu partido seriam “o primeiro-ministro e o Governo de todos os espanhóis”, e que daria a mão a “todos os partidos constitucionalistas”.