Equipe de resgate chinesa chega em Moçambique após devastação do ciclone Idai

Fonte: Xinhua    26.03.2019 09h19

Beira, Moçambique, 26 mar (Xinhua) -- Uma equipe de resgate chinesa com 65 membros chegou nesta segunda-feira ao Aeroporto Internacional de Beira, em Moçambique, depois que o ciclone Idai infligiu devastação no país do sudeste da África.

A equipe trouxe cerca de 20 toneladas de equipamentos e materiais para busca e resgate, comunicações e tratamento médico.

A pedido do governo moçambicano, o time foi enviado pelo Ministério de Gestão de Emergências chinês com a aprovação do Comitê Central do Partido Comunista da China e do Conselho de Estado.

Fontes da pasta disseram que trata-se da primeira missão de resgate no exterior por uma equipe chinesa desde a criação do ministério em março de 2018.

O governo moçambicano anunciou na segunda-feira, em Beira, capital da Província de Sofala, que o número das pessoas afetadas pela passagem do Idai no país aumentou para 794 mil e que 128.941 foi o total de resgatados.

O número de mortos permanece em 446, segundo o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, que enfatizou em uma coletiva de imprensa que as equipes de resgate ainda não terminaram as buscas em todas as áreas afetadas.

Correia disse que em alguns dos centros de acomodação foram reportados casos de diarreia, mas que o sistema de saúde já está atendendo as pessoas e o governo está trabalhando com parceiros para aumentar a eficácia dos planos de mitigação.

Perguntado pela Xinhua sobre as doações e resgates, o ministro afirmou que a prioridade é salvar vidas entregando alimentos e fornecendo serviços médicos.

Segundo o ministro, as doações e equipes de resgate continuam a chegar ao país e a assistência que o país mais carece no momento é basicamente nos setores de saúde e saneamento ambiental, entre outros.

O ministro assinalou que as operações de emergência estão se tornando mais organizadas e com abordagens direcionadas, sendo capazes de fornecer respostas rápidas de modo oportuno.

Durante uma viagem a Beira na segunda-feira, o ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano, previu que a reconstrução da Província de Sofala, que foi a mais atingida pelo Idai, pode levar até três anos.

Chissano chegou a Beira na manhã de segunda-feira para visitar as áreas atingidas pelo ciclone, trazendo uma mensagem de resiliência e conforto para as vítimas.

A reconstrução das principais estruturas e reassentamento da população pode ser feita em um curto período, se o apoio fornecido pela comunidade internacional vier em grandes quantidades, disse.

Ele advertiu que o perigo ainda persiste porque há corpos a ser encontrados e as doenças matarão as pessoas, "mas com todas as forças combinadas, tudo isso pode ser aliviado", acrescentou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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