As escolas reabriram 4 dias após o acidente mortífero da explosão de uma fábrica química na cidade de Yancheng, povíncia de Jiangsu, leste da China.

Na escola primária de Hai’anji, localizada a 4km de distância do local da explosão, centenas de estudantes se juntaram no recreio para observar a bandeira nacional a meia haste. Alguns deles tiveram familiares ou amigos entre as vítimas das explosões massivas.

O incidente da fábrica Tianjiayi ocorreu na passada quinta-feira, vitimando 64 pessoas e ferindo mais de 600. Cerca de 3,000 habitações nas proximidades da área industrial foram danificadas ou destruídas. O estrondo despoletou um terremoto de 2,2 de magnitude.

Em uma das primeiras aulas na escola, na terça-feira, os estudantes receberam uma tarefa escolar para escrever sobre o tópico “as tempestades são geralmente seguidas pelo sol”. Trata-se de uma tentativa dos professores darem apoio psicológico às crianças.

Durante a operação de salvamento, a escola foi temporariamente usada pela polícia armada local como dormitório. Antes da policia devolver a escola aos estudantes, foi deixada água e alguns alimentos nas salas, bem como algumas notas de apoio.

Em um dos quadros, podia ler-se: “Caros estudantes, pedimos desculpa por ocupar a vossa escola. Antes de sairmos, limpamos a sala de aula. Esperamos que estudem muito para ajudar o nosso país. Polícia armada de Yancheng”.

Apesar do gesto da polícia, o público continua a questionar a causa do incidente. A fábrica em causa, apenas a 2km de distância das habitações circundantes, tem já historial de violação de regras de proteção ambiental e de segurança. No entanto, continuou a desenvolver atividade durante anos até a explosão ter ocorrido, enviando ondas destrutivas a vários quilômetros de distância.

Em resposta a preocupações sobre a qualidade do ar para as crianças regressarem à escola, as autoridades garantem que a qualidade do ar fora estabilizada, retomando os níveis normais.