O Palácio de Potala, localizado em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete, no sudoeste da China, foi recentemente renovado. O restauro, que durou ao longo de vários meses, focou-se nos telhados dourados da imponente estrutura.
Banhado pelo sol que incide sobre o planalto de Lhasa, os telhados dourados do palácio voltam a brilhar, restabelecendo a sua glória.
“A partir daqui é possível vislumbrar os vários telhados do complexo do palácio. É possível ver que geralmente tem dois formatos. Um é puramente de origem local. O outro é o telhado dourado, inicialmente adotado no Tibete no século XVII. É uma mistura de elementos arquitetónicos do Tibete e das regiões vizinhas”, disse Jue Dan, diretor do escritório de gestão do Palácio de Potala.
Os telhados dourados estão cobertos de bronze e forrados com ouro. Os elementos decorativos combinam traços das culturas tibetana, chinesa han, mongol, e de outras culturas do sul da Ásia. O santuário e a caligrafia atestam uma cultura de abertura e diversidade.
“Os suportes de madeira intercruzados têm a sua origem na cultura chinesa han”, refere Jue Dan, e “servem o propósito de dissipar a força dos ventos. São particularmente úteis para os edifícios no planalto. Mas as pinturas coloridas e decorações, tanto em termos de padrões como de técnicas, são reconhecivelmente tibetanas”.
O recente restauro foi lançado no início do ano passado, com fundos do governo central. Foram consumidos mais de 75kg de ouro e 320kg de mercúrio.
“Seria impossível terminar o restauro sem o apoio do governo central. Até à data cerca de 31 milhões de yuans foram gastos para renovar os 5 telhados. Para o projeto, comissionamos artesãos especialistas, versados nas técnicas tradicionais”, referiu Jue Dan.
O Palácio de Potala foi primeiramente construído durante a dinastia Tang (618-907), há mais de 13 séculos atrás, e foi expandido até à escala atual no século XVII.