Por Wang Lu e Luiz Tasso Neto
Shanghai, 9 nov (Xinhua) -- Cerca de 500 empresas brasileiras devem entrar na China por meio de plataformas de comércio eletrônico, disse Márcia Nejaim, diretora de Negócios da Apex-Brasil, em uma cerimônia de assinatura realizada durante a primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês).
A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) assinou dois acordos, com alibaba.com e Tmall, para promover a entrada de empresas brasileiras no mercado chinês.
Essas companhias receberão treinamento técnico sobre posicionamento estratégico e terão redução nas taxas de manutenção do comércio eletrônico.
Nejaim destacou que o comércio eletrônico não é o futuro, mas sim uma realidade. "Quando a gente olha para o mercado internacional, a China é o maior mercado de comércio eletrônico do mundo."
Também salientou que a Apex se esforça para fornecer mais informações e suporte para ajudar as empresas brasileiras a entender melhor as necessidades dos consumidores chineses, a fim de desenvolver produtos mais inovadores e de alta qualidade.
Na semana passada, cerca de 30 pessoas ligadas à Apex e a empresas brasileiras receberam treinamento exclusivo para saber como funciona, como é a logística e aprender como se posicionar para atender às necessidades do mercado chinês, de acordo com a diretora.
Martin Wang, representante do alibaba.com, revelou que o número de empresas que pretendem participar do acordo atingiu 2.000, incluindo companhias de aéreas e de alimentos e produtos agrícolas.
Já o representante do Tmall, Alvin Liu, revelou que seis marcas brasileiras já entraram no Pavilhão Institucional do Brasil dentro da plataforma e que os consumidores chineses podem comprar produtos brasileiros diretamente.
Yu Ning, gerente-geral da Ipanema na China, que é uma dessas seis marcas disponíveis no Tmall, disse que os produtos brasileiros de alta qualidade podem oferecer mais escolha para os consumidores chineses e atender à atualização do consumo chinês.
"O comércio eletrônico ajuda a estabelecer a imagem da marca e ampliar seu impacto entre os consumidores do país, já que a maioria dos chineses faz compras online", observou Yu.
Alvin Liu também informou que o Tmall assinou outro acordo com a JBS na primeira CIIE, para ajudar a importar carne bovina brasileira.
"O comércio eletrônico é muito próspero na China, o que ajuda mais consumidores chineses a conhecer e comprar nossos produtos", disse um expositor brasileiro.
A economia da China vem crescendo há muitos anos, e o consumo das famílias e a importação também, e esta feira é um sinal claro da necessidade de atrair mais empresas para vender aqui, apontou Márcia Nejaim.
"Eu acho que, como tudo na China, a exposição é espetacular, é grandiosa", disse a diretora.
A primeira Exposição Internacional de Importação da China foi aberta na segunda-feira e vai até sábado, dia 10.