Economia privada viceja graças a políticas reformistas

Fonte: Diário do Povo Online    08.10.2018 14h23

World Internet of Things Expo 2018 em Wuxi. (CHENG JIABEI/CHINA DAILY)

BEIJING, 8 de out (Diário do Povo Online) - O número de pessoas empregadas por conta própria aumentou substancialmente desde 1978.

Nos 40 anos desde que a China deu início à sua reforma e abertura, o número de empregados por conta própria em Wuxi, na província de Jiangsu, foi multiplicado por 752 vezes.

Em 2017, o PIB da cidade ascendeu a 1.05 trilhão de yuans (153 bilhões de dólares). A sua economia privada, que atingiu os 689.6 bilhões de yuans, consistia em 65.6% do PIB, de acordo com a repartição de estatística de Wuxi.

Wuxi contém 12 empresas na lista do top 500 de empresas chinesas e 24 empresas no top 500 de manufatureiros da China. Um total de 25 empresas apresentam receitas operacionais anuais de mais de 10 bilhões de yuans.

Enquanto berço da indústria moderna e comércio da China, Wuxi tem sido conhecida como “pequena Shanghai” por vários anos, graças à sua economia pujante, especialmente o setor privado.

Em 1978, Wuxi contava apenas com 506 empregados por conta própria, sendo que 45 dos quais trabalhavam na baixa. Em julho deste ano, eram já mais de 380,000 pessoas registradas de forma autônoma, de acordo com a repartição industrial e comercial de Wuxi.

Em 1989, Wuxi reimplementou o registro de empresas privadas. No final da década de 80 do século passado, mais de 70,000 pessoas se haviam registrado como detentores de empresas. Cui Hailong, detentor de várias empresas no país, foi um deles.

 “As pessoas aqui têm a tradição e a coragem para começar os seus negócios”, diz. “As políticas favoráveis do governo ajudam a acelerar o crescimento da economia privada”.

Cui começou por vender penas de pavão quando era estudante universitário em 1984. Ele e um amigo conseguiram 9000 yuan ao vender as primeiras penas que haviam conseguido na província de Yunnan.

“A quantia de dinheiro equivalia a 20 anos do salário de um trabalhador comum à época”, afirma Cui, de 54 anos, que sacrificou o seu emprego como funcionário público e registrou a sua primeira empresa em 1986.

Mais tarde, começou o seu próprio negócio de varejo de vestuário, empresa de publicidade e de comércio. Atualmente possui diversas empresas em várias cidades chinesas, em áreas variadas como imobiliário, medicina e educação.

 “Era possível começar um negócio se houvesse ambição”, disse Cui. Agora é mais conveniente registrar uma empresa, mas ter sucesso é cada vez mais difícil, devido à competição”.

A iniciativa privada em vilarejos e aldeias em Wuxi floresceram também após a jornada ao sul do ex-líder Deng Xiaoping, em 1992. A reforma e abertura ganharam um novo impulso à data.

Na década de 80, o Grupo Hodo, uma das empresas do top 500 da China, era apenas uma têxtil às portas da banca rota.

O seu presidente, Zhou Haijiang, disse ter previsto que a economia privada iria dar frutos quando se encontrava na universidade, em Shenzhen. Como tal, retornou a Wuxi para se juntar à fábrica do pai e deu início à carreira.

Em 2001, a Hodo deu entrada na bolsa. As suas vendas aumentaram de 6 bilhões de yuans em 2003 para os 50,3 bilhões em 2015.

 “O país tem políticas propícias ao desenvolvimento de empresas privadas”, disse Zhou, reconhecendo existir ainda algumas reservas face aos desafios existentes. “Muitos detentores de empresas privadas sentiam-se ansiosos relativamente aos monopólios, mas a situação tem vindo a melhorar”.

No ano de 2017, um total de 71,273 registraram-se em Wuxi para darem início a novas carreiras privadas, de acordo com a repartição de estatísticas local.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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