Hangzhou, 10 set (Xinhua) -- As empresas privadas chinesas têm mostrado crescente interesse em expandir seus negócios na África, disseram vários empresários em uma recente reunião econômica sino-africana.
A Cúpula de Cooperação do Setor Privado China-África, realizada na quinta-feira em Hangzhou, capital da Província de Zhejiang, leste da China, contou com a participação de mais de 300 representantes de governos, empresas privadas e instituições de pesquisa da China e da África.
Zhejiang é base de muitas das empresas privadas mais bem sucedidas da China. Elas contribuíram com quase dois terços da economia provincial em 2017, de acordo com estatísticas locais. Hangzhou é sede dos gigantes de internet do país como Alibaba e Netease.
"A cooperação entre a China e a África apresenta uma oportunidade para os empresários", disse Jack Ma, presidente do Alibaba Group. "A internet, o comércio eletrônico, todas são áreas em que o empreendedorismo pode desempenhar um papel importante."
Estatísticas do Ministério do Comércio da China mostram que o volume comercial entre a China e a África atingiu US$ 170 bilhões em 2017, um aumento de 14%.
"O investimento dos negócios privados da China também aumentou rapidamente e está gradualmente se tornando uma nova força no investimento da China no continente", disse Qian Keming, vice-ministro do Comércio, em uma coletiva de imprensa realizada em Beijing no final de agosto.
O número de empresas com investimento chinês na África ultrapassou 10 mil, com mais de 80% delas sendo privadas, segundo dados do Ministério do Comércio e do Conselho Empresarial China-África.
Wang Jianyi, presidente da Futong, sediada em Hangzhou, previu que cerca de 150 mil quilômetros de cabos ópticos serão instalados na África nos próximos 15 a 20 anos.
"Isso valeria centenas de bilhões de dólares", disse Wang.
A Futong é uma das 500 maiores empresas privadas da China em 2017 e líder no fornecimento de cabos e fibras ópticas no país. A empresa explora muitos mercados na África, incluindo o Quênia, a Nigéria, Seychelles e Angola.
"A África é uma terra mágica onde muitas vezes sentimos um chamado", disse Wang. "Está cheia de oportunidades."