Empresas africanas querem expandir exportações para a China

Fonte: Xinhua    05.09.2018 13h43

Beijing, 5 set (Xinhua) -- Para o empresário egípcio Mohamed Helal, a nova iniciativa da China de aumentar as importações da África representa oportunidades potenciais sem precedentes para sua companhia que se concentra em tecnologia de fertilizante eco-amigável.

A China pode se tornar o maior mercado de sua empresa visto que o país busca expandir as importações industriais África, disse Helal, vice-presidente de Gizatec, no âmbito do fórum comercial sob a Cúpula de Beijing 2018 do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).

Durante a cúpula, foi anunciado que a China aumentaria importações, especialmente de produtos industriais, da África.

"A China está procurando melhorar seu setor agrícola e fazer a transferência de fertilizantes químicos para orgânicos. É por isso que a Gizatec está aqui para auxiliar os agricultores chineses a produzir alimentos mais saudável e de modo sustentável", disse Helal .

A Gizatec começou no ano passado a exportar fertilizantes para a China, um mercado pelo menos 300 vezes superiores ao mercado doméstico no Egito, segundo Helal.

Helal acredita que o crescimento das importações de produtos agrícolas avançados também beneficiarão a China.

"Embora a África esteja na fase inicial de industrialização, temos algumas vantagens na produção agrícola e de tecnologia", disse ele.

A medida que a China busca expandir as importações para um comércio exterior equilibrado, as empresas africanas estão pegando o bonde da prosperidade.

Também foi anunciado na cúpula que a China apoiará os países africanos a participar da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), marcada para novembro deste ano. Os países africanos menos desenvolvidos serão isentos das taxas de exibição.

Salaheddine Mezouar, presidente da Associação de Empregadores Marroquinos, disse que a CIIE incentivará as companhias africanas a promover sua capacidade manufatureira, e permitirá um melhor entendimento das demandas dos consumidores chineses.

Mezouar observou que atualmente as exportações de vários países africanos ainda se concentram em matérias-primas em vez de bens processados.

"A CIIE incentivará nas companhias africanas para que exportem mais produtos de valor agregado para o mercado chinês", disse ele.

Helal também espera que a exposição de Shanghai introduziza sua companhia a mais consumidores e distribuidores chineses.

"A medida que a China abre suas portas para mais importações, a liquidez do mercado internacional subirá e o mercado mundial consequentemente florescerá", disse Helal.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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