Um relatório detalhado sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines em 2015, lançado por uma equipe de investigação de segurança na segunda-feira, não conseguiu determinar a causa do desaparecimento do voo e deixou várias questões por responder devido à falta de provas.

“Deve ser reconhecido que, devido à falta de provas disponíveis para a equipe, não conseguimos determinar com qualquer certeza as razões pelas quais a aeronave saiu da rota inicialmente planeada”, disse Kok Soo Chon, líder da equipe de investigação de segurança do Anexo 13 da Organização Malaia de Aviação Civil Internacional.

Entre as provas em falta constam a informação gravada na caixa negra do avião, o gravador de voz do cockpit, e outros dispositivos de gravação no avião que poderiam indicar o porquê de ter voado para o sul do oceano índico, disse Kok.

“Em conclusão, a equipe não é capaz de determinar a verdadeira causa para o desaparecimento do MH370”, disse.

O relatório de mais de 1000 páginas, além de rever vários aspetos que vão da capacidade de voo à manutenção, às mercadorias, e às informações dos destroços, referem que a equipe não pôde determinar o porquê do avião ter saído da rota original.

O documento indica que as examinações ao piloto e aos oficiais não detetaram anomalias, e que todos os exames aos passageiros não apuraram quaisquer problemas.

“A possibilidade de uma intervenção por terceiros não pode ser excluída”, afirmou Kok.

Embora o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke tenha previamente descrito o documento como o relatório final, Kok disse que não é o caso, e que apenas abrange a investigação de segurança.