O Ministério das Relações Exteriores da China considerou na quarta-feira que a mudança no modo como as três maiores companhias americanas listam Taiwan nos seus websites de reservas, um “desenvolvimento positivo”.

Os websites da American, Delta e United Airlines na quarta-feira à tarde apresentavam apenas o código dos aeroportos e os nomes das cidades dos aeroportos de Taiwan, sem acrescentar o nome “Taiwan” juntamente, tal como ocorria anteriormente.

A decisão das companhias aéreas ocorre antes do prazo estipulado de quarta-feira para as decisões. No entanto, não usaram a expressão “Taiwan, China”, tal como várias outras companhias aéreas estrangeiras fizeram, mediante um pedido da Administração de Aviação Civil da China, a 25 de abril, de que 44 companhias aéreas estrangeiras revisassem os seus websites e aplicações, e parassem de listar as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau, juntamente com Taiwan, como territórios independentes.

A administração referiu que a prática consiste em uma violação da lei chinesa e entra em rutura com o princípio de uma só China. A administração afirmou que penalizações seriam aplicadas às companhias aéreas que não cumprissem com o prazo estipulado.

“Trata-se de um desenvolvimento positivo face à questão e estamos conscientes do progresso que as companhias aéreas estrangeiras realizaram”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, durante uma coletiva de imprensa em Beijing, na quarta-feira.

Geng acrescentou que a China está disponível para partilhar com o resto do mundo as oportunidades que surgem com o seu desenvolvimento, dando as boas-vindas ao investimento externo no país.

Shannon Gilson, porta-voz da American Airlines, disse em declarações à Reuters na terça-feira que a empresa havia implementado as mudanças sob pedido da China, e que estava em sintonia com as outras operadoras aéreas.

 “Os transportes aéreos são um negócio global, e seguimos as regras nos países onde operamos”, disse.

A política de uma só China representa um vasto consenso na comunidade internacional, e é a base política para o desenvolvimento sólido das relações China-EUA. “Isso é algo que não é negociável”, disse Geng na terça-feira.