Washington, 21 jul (Xinhua) -- O embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai, disse na quarta-feira que a China nunca buscou deliberadamente um superavit comercial com o país.

Em um artigo publicado no USA Today, Cui disse que o superavit comercial da China, o assunto no centro das críticas dos Estados Unidos contra a China, não era intencionalmente produzido, já que "o fluxo comercial é determinado pelo mercado".

Além disso, "o fato de que o governo dos Estados Unidos controla as exportações de alta tecnologia à China faz o deficit ainda maior", indicou Cui.

"Deficits não são produtos de intenção doentia, nem são necessariamente ruim para uma economia", explicou.

"Geralmente, eles resultam de como os recursos são alocados em uma economia globalizada e são reflexões naturais da cadeia de valor mundial", disse. "Além de algumas razões estruturais, como o baixo nível de poupança e altas taxas de consumo que os EUA mantêm, o papel do dólar norte-americano como uma moeda de reserva internacional conduz inevitavelmente a deficits comerciais."

Mas, um deficit não significa que os EUA estão perdendo, indicou Cui. "Pelo contrário, graças ao comércio com a China as famílias norte-americanas têm acesso a mais produtos de alta qualidade com custos mais baixos."

Como um exemplo, ele disse que apenas em 2015 os preços nos EUA caíram até 1,5% graças ao comércio com a China, economizando US$ 850 para cada família em média.

O artigo de Cui veio em meio à disputa comercial entre os dois países. Os EUA também provocaram tensões comerciais com outras economias.