Joanesburgo, 25 jul (Xinhua) -- Enquanto a África do Sul se prepara para sediar a 10ª Cúpula dos BRICS, que abre na quarta-feira, os sul-africanos esperam que o evento mude seu país e suas vidas de maneira positiva.
A cúpula será realizada sob o tema "BRICS na África: colaboração para o crescimento inclusivo e a prosperidade compartilhada na 4ª Revolução Industrial".
Com a nação anfitriã enfrentando sérios desafios econômicos, desde desemprego e crescente desigualdade até crescimento econômico estagnado e pobreza, alguns cidadãos disseram à Xinhua que a cúpula deveria lidar com esses problemas.
Lerato Tumang, 22 anos, estudante do quarto ano da Universidade de Joanesburgo, acredita que a cúpula deve se concentrar em questões domésticas, especialmente aquelas que afetam os jovens.
"Entendemos que também deve se concentrar no que está acontecendo nos países do BRICS e no mundo ... (mas) isso seria irrelevante se não tocasse no que nos afeta como jovens", disse ela. "Apesar da educação ser acessível, precisamos de empregos e outras oportunidades depois de nos formarmos. Para mim, o importante são os empregos, o crescimento da economia e a redução do número de pessoas que vivem na pobreza."
Mlungisi Mbanjwa, de 55 anos, um guarda de segurança do Distrito Central de Negócios de Joanesburgo, disse que o evento deve encontrar maneiras de atrair mais investidores.
"Eles devem deliberar sobre como vamos trazer mais investidores para a África do Sul. Os investidores nos permitirão criar empregos para nossos jovens. Também vamos falar sobre a redução da criminalidade, porque alguns não vão querer vir aqui se a criminalidade é alta", disse Mbanjwa.
"É bom para o nosso país se unir a países amigos para se desenvolver", disse Nsiki Nyoni, de 30 anos.
Nqobile Mahlangu, de Siyabuswa, província de Mpumalanga, concordou. "Estamos esperando para ver os resultados do BRICS chegando às nossas comunidades que são pobres e sem empregos. Entendemos que o BRICS ajudará a África do Sul com algumas oportunidades de obter empréstimos, (faram) negócios com nosso país. Queremos que nossos jovens consegam emprego e mais oportunidades", disse Mahlangu.
A África do Sul recebeu dois empréstimos do BRICS para tratar da escassez de eletricidade, melhorar o porto de Durban, o porto mais movimentado da África subsaariana, e criar mais empregos.
De acordo com alguns pesquisadores, desde que se uniu ao BRICS, a África do Sul teve um aumento no investimento estrangeiro direto, bem como no comércio com outros países do BRICS, e seu status no cenário global aumentou.
Thandi Mangoloti, 30, trabalhando em um restaurante em Rosebank, disse que a cúpula deve deliberar sobre questões econômicas.
"Não podemos fazer muito como nação. Não podemos melhorar nossa economia. Outros países do BRICS devem nos ajudar (com) o que precisamos fazer para crescer essa economia e criar empregos para os jovens. Se outros países estão apresentando bom desempenho econômico, nós também podemos fazer a mesma coisa. Vamos nos concentrar nisso ", disse ela.
A cúpula, a ser realizada em Joanesburgo, terminará em 27 de julho.