Por Chen Fengying

A 10ª Cúpula do BRICS, sob o tema “BRICS na África: Colaboração para um Crescimento Inclusivo e Prosperidade Compartilhada na 4ª Revolução Industrial”, terá lugar entre os dias 25 e 27 de julho em Joanesburgo, na África do Sul. Este ano assinala o início da segunda “década dourada” de cooperação do BRICS, sendo que a cúpula em Joanesburgo injetará um novo ímpeto no futuro desenvolvimento da organização.

Após dez anos de atividade, o BRICS já é mais do que um conceito simples formado por cinco letras. Hoje em dia é um mecanismo de cooperação aberto ao mundo que beneficia diversos países em desenvolvimento.

Na última década, a cooperação do BRICS persistiu sempre no “respeito e entendimento mútuo, igualdade, unidade, abertura, inclusividade, e benefício mútuo” formando uma estrutura de colaboração abrangente em diversos domínios, incluindo conferências de chefes de Estado, de ministros de Relações Exteriores, Finanças e Comércio, e a realização de uma série de projetos de cooperação consentâneos com as estratégias de desenvolvimento dos cinco países integrantes.

O estabelecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e do Arranjo Contingente de Reservas ofereceu uma plataforma de financiamento para o desenvolvimento sustentável.

Os países do BRICS têm também vindo a promover relações de parceria entre os membros, tornando o bloco uma força importante de impulsionamento do crescimento econômico mundial, aperfeiçoando a governança econômica global e fortalecendo a democratização das relações internacionais.

A Cúpula do BRICS em Xiamen, no ano passado, promoveu a transformação da cooperação do BRICS de um modelo tradicional, com foco na economia e política, para um novo mecanismo que passa a incluir também a cultura. Foi ainda criada uma nova plataforma de colaboração, intitulada “BRICS+”, que objetiva ampliar as relações de parceria e impulsionar o desenvolvimento comum das economias emergentes e países em desenvolvimento, em um contexto de globalização econômica.

A cúpula do BRICS em Joanesburgo dará continuidade a esses mecanismos de cooperação, reforçará as relações de parceria estratégica e a coordenação e colaboração em assuntos internacionais e setores de industrialização, inovação, crescimento inclusivo, investimento, ciência e tecnologia, cultura, saúde, entre outros, além de promover o multilateralismo para criar uma ordem internacional mais justa e razoável.

Durante a segunda “década dourada”, o mecanismo do BRICS dedicar-se-á à promoção da cooperação econômica pragmática e ao intercâmbio cultural, em prol dos povos dos vários países intervenientes, contribuindo para paz e desenvolvimento mundial e para a construção de uma comunidade de destino compartilhado para a humanidade.

(A autora é pesquisadora no Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China.)