Protesto adicional da China à OMC sobre tarifas dos EUA foi "necessária", diz funcionário

Fonte: Xinhua    20.07.2018 13h48

Beijing, 20 jul (Xinhua) -- O Ministério do Comércio da China disse na quinta-feira que o protesto adicional do país submetido à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o plano dos Estados Unidos de impor tarifas sobre os produtos chineses equivalentes a US$ 200 bilhões foi "necessária para defender os princípios básicos da OMC."

A declaração prévia do país saiu após os EUA imporem taxas sobre mercadorias chinesas equivalentes a US$ 34 bilhões.

O porta-voz da OMC Gao Feng disse que a ação norte-americana violou os princípios da OMC sobre o tratamento de nação mais favorecida e o compromisso de tarifas obrigatórias.

"Quer necessitemos o sistema comercial multilateral ou não, trata-se de uma questão de princípio", disse ele.

"Ainda acreditamos firmemente nas regras comerciais e o sistema comercial multilateral desenvolvido conjuntamente pelos parceiros comerciais globais deve e tem de ser observado e mantido."

Gao disse que o sistema estava sendo violentamente interrompido por alguns membros.

"A China terá de inevitavelmente tomar contramedidas necessárias já que os EUA escalou a guerra comercial", disse Gao.

Gao refutou as observações de alguns funcionários dos EUA de que a China deve ser culpada pela paralização nas negociações entre os dois lados.

"Os EUA estão colocando uma barreira tarifária e praticando intimidação comercial em todo o mundo e deslocando a culpa para os outros ao mesmo tempo", disse ele.

"A China, com a maior sinceridade, sempre esteve comprometida a tratar de problemas e realizar a cooperação ganha-ganha nas quatro rodadas de consultas com os EUA desde fevereiro."

Ele disse que foi lamentável que os EUA tenham abandonado duas vezes o consenso alcançado, em maio e junho.

"Os EUA provocaram publicamente uma guerra comercial em 6 de julho e a escalou em 11 de julho", disse Gao.

"Lamentamos profundamente. O unilateralismo e a intimidação comercial são inaceitáveis", disse Gao. "Durante todo o processo, é os EUA quem quebram a promessa e tomaram ações erradas que estão fechando a porta das negociações."

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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