Sófia, 9 jul (Xinhua) -- A motivação da China para impulsionar sua cooperação com os 16 Países da Europa Central e Oriental (CEEC, na sigla em inglês) não é geopolítica, disse no sábado o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
Ao pronunciar um discurso no 8º Fórum Econômico e Comercial China-CEEC, Li apontou que o mecanismo de cooperação 16+1 não só é propício ao desenvolvimento das duas partes, mas também ajuda a reduzir as lacunas dentro da União Europeia para o desenvolvimento equilibrado e o avanço da integração europeia.
Ao mencionar que nos últimos anos algumas vozes questionaram se a cooperação 16+1 é uma ferramenta geopolítica ou se dividirá a Europa, o primeiro-ministro chinês indicou que as dúvidas são fruto de mau entendimento.
A cooperação 16+1 atende aos interesses gerais da Europa e é parte importante e um suplemento benéfico da cooperação China-Europa, afirmou.
"Apoiamos firmemente a integração europeia, e esta posição não mudará", disse Li, destacando que a UE é uma força importante para salvaguardar a paz e a estabilidade mundiais e a maior parceira de cooperação econômica e comercial da China.
"Uma UE unida, estável e próspera e um forte euro vão ao encontro dos interesses fundamentais da China", disse Li, acrescentando que a cooperação 16+1 sempre segue as regras internacionais comuns, incluindo as da Organização Mundial do Comércio e o marco jurídico e regulador relevante do bloco europeu.
Além disso, a China defende que a cooperação 16+1 seja conduzida com base no princípio de extensas consultas, contribuições conjuntas e benefícios compartilhados, enquanto as empresas devem participar das licitações para projetos europeus segundo os regulamentos do mercado e as regras dos negócios, disse.
A cooperação 16+1, que não se dedica a uma disposição exclusiva, serve como uma plataforma justa, transparente e aberta para a cooperação, disse Li.
Foi provado que a cooperação 16+1 não só injeta novo ímpeto no desenvolvimento dos laços China-CEEC, mas também cultiva novas forças motoras para aprofundar a parceria estratégica abrangente China-UE, afirmou Li.