Construção da confiança é ainda necessária para a desnuclearização da Península Coreana

Fonte: Diário do Povo Online    09.07.2018 09h26

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fez uma visita de três dias à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) durante o fim-de-semana. O primeiro contato de alto nível entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, após a reunião histórica entre os seus dois líderes, demonstra os esforços contínuos de ambos os lados em resolver as suas diferenças e promover o processo de desnuclearização.

Desde a cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e do líder da RPDC, Kim Jong-un, em Singapura, a 12 de junho, todo o mundo aguarda com expetativa que a questão da Península Coreana seja resolvida definitivamente. No entanto, dada a complexidade da situação, há ainda um longo caminho a percorrer até que esse desejo possa ser concretizado.

Washington e Pyongyang divulgaram visões diferentes sobre o desfecho da visita de Pompeo, provando claramente que os dois lados precisam ainda de mais consultas e entendimentos para que, juntamente com as demais partes interessadas, possam dissipar a desconfiança e elaborar um roteiro para a paz e desnuclearização da península.

Embora Pompeo tenha descrito as negociações de alto nível como "produtivas" e insistido que vários progressos foram conseguidos, a RPDC classificou as negociações de alto nível como "lamentáveis" e criticou as exigências americanas como refletindo uma "mentalidade de gangster" em um comunicado. Felizmente, Pyongyang disse que ainda confia em Trump, o que é significativo para sustentar o atual clima estável.

Durante a reunião Trump-Kim, Washington e Pyongyang chegaram a acordos importantes sobre as questões principais. Mas seria ingênuo acreditar que a inimizade e a desconfiança acumuladas ao longo de décadas simplesmente desapareceriam da noite para o dia.

Ao mesmo tempo em que são elaborados os detalhes de um roteiro para a desnuclearização e a paz, é essencial que os dois lados continuem com as consultas de alto nível e construam uma maior confiança mútua para atender às principais preocupações do outro. Pode ser, como sugerido, que os dois países tenham diferentes entendimentos sobre a desnuclearização. Se este for o caso, isso prova a necessidade do envolvimento contínuo e da construção da confiança.

Concomitantemente, os principais interessados na questão da Península precisam também de uma melhor comunicação para estabelecer um consenso mais amplo entre eles. Afinal de contas, não deveria haver um retorno deste momento histórico na península, uma vez que está em conformidade com as aspirações comuns da comunidade internacional para a desnuclearização e a paz.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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