Governo brasileiro aumentará impostos e cortará gastos para compensar subsídio ao diesel

Fonte: Xinhua    01.06.2018 14h00

(Foto: globo.com)

Rio de Janeiro, 1º jun (Xinhua) -- O governo brasileiro aumentará os impostos sobre os exportadores e a indústria química e reduzirá os gastos com programas de saúde e educação para compensar o subsídio de R$ 9,6 bilhões (US$ 2,5 bilhões) à redução do preço do diesel e de tributos incidentes sobre o combustível, anunciada para acabar com a greve de caminhoneiros que paralisou o país desde a semana passada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União e preveem a extinção de gastos que somam R$ 1,2 bilhão (US$ 320 milhões) em programas de fortalecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), a concessão de bolsas de estudo, a compra de áreas para a reforma agrária, a vigilância nas estradas, entre outras coisas.

O corte de gastos busca compensar a redução por 60 dias de R$ 0,46 (US$ 0,12) por litro do diesel anunciada pelo presidente Michel Temer, como parte do acordo com os caminhoneiros, em greve desde segunda-feira da semana passada em protesto contra o aumento dos preços do combustível.

Para cobrir o subsídio, o governo aumentou os impostos das exportações, esperando arrecadar R$ 2,27 bilhões (US$ 608 milhões) este ano, anunciou a extinção de um regime especial para a indústria química que deve aportar outros R$ 170 milhões (US$ 45 milhões) este ano e a redução de um crédito sobre os impostos dos refrigerantes, que deve arrecadar outros R$ 740 milhões (US$ 198 milhões) para o governo.

Além disso, o governo cancelou R$ 3,4 bilhões (US$ 910 milhões) em gastos previstos no orçamento para este ano e destinará R$ 5,7 bilhões (US$ 1,51 bilhão) de uma reserva do orçamento que ainda não tinha um destino definido.

Na quinta-feira, a situação nas estradas do país esteve praticamente normalizada, exceto em alguns pontos, pois os caminhoneiros estão abandonando a paralisação e voltando ao trabalho.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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