(Foto: thepaper.com.cn)
Jin Bowen, um artista residente em Shanghai, há 5 anos frequentador assíduo do metro nos percursos casa-trabalho, tem vindo a desenhar vários esboços nesse tempo, tendo acumulado já um total de mais de 10,000.
No dia 31 de maio contactou um repórter do jornal The Paper, confessando manter o hábito diário de desenhar alguns esboços, durante as horas de ponta matinal e noturna. Residente em Songjiang, todos os dias toma as linhas 9 e 7 do metro de Shanghai. O total da viagem de ida e volta requer mais de três horas.
(Foto: thepaper.com.cn)
Para estes desenhos, Jin admite precisar apenas de um lápis e de uma folha de papel, algo que não ocupa muito espaço. No entanto, por vezes, o metrô fica demasiado lotado, dificultando a sua tarefa. “Não gosto de desperdiçar tempo, por isso uso o tempo que passo no metro para fazer alguma coisa com significado. Além disso no metro temos uma ‘sociedade concentrada’. Quero usar a minha capacidade para desenhar esboços rápidos para gravar estes momentos”.
O desenhador refere que, enquanto artista, sente-se impelido a usar a arte para retratar a beleza do dia-a-dia. Os esboços rápidos nos quais se especializa são, segundo o próprio uma forma de ir de encontro a este fim.
(Foto: thepaper.com.cn)
Em 5 anos de criação incessante, Jin Bowen testemunhou a rápida evolução do metro, acompanhada de diversas narrativas ternurentas e efémeras que ali tiveram lugar.
De entre os vários momentos gravados ao sabor do seu lápis, Jin destaca duas memórias: quando alguns passageiros ofereceram o seu lugar sentado a uma idosa, que retribuiu com uma vênia; e um grupo de trabalhadores da construção civil que, após um dia inteiro de trabalho, envergando os seus uniformes poeirentos, preferiram sentar-se no chão para não sujar os assentos.