São Paulo, 1º jun (Xinhua) -- Representantes de empresas chinesas que fizeram importantes investimentos no Brasil nos últimos anos reafirmaram seu compromisso de longo prazo que mantêm com o país sul-americano, durante um seminário sobre as relações sino-brasileiras realizado à margem do Fórum de Investimentos Brasil 2018.

Representantes comerciais dos dois lados elogiaram o crescimento rápido do investimento chinês no país sul-americano, e discutir as formas para aprofundar as cooperações durante o evento patrocinado pelo Conselho Empresarial Brasil-China.

Chang Yunbo, vice-presidente da China Communications Construction Company (CCCC) na América do Sul, pediu que as empresas brasileiras façam planos de cooperação bilateral a longo prazo como o que fizeram seus parceiros chineses, e fechem negócios em real e yuan em vez do dólar norte-americano, que segundo ele, aumentaria o custo das operações.

O vice-presidente da State Grid no Brasil, Qu Yang, salientou a necessidade do governo brasileiro de integrar a capacidade de geração de energia renovável às linhas de transmissão.

Ele disse que a capacidade de geração de energia eólica e solar do Brasil é equivalente à capacidade combinada de duas ou três fábricas hidrelétricas Itaipu entre o Brasil e o Paraguai, acrescentando que as diferentes formas de produção são complementares para a oferta de energia do Brasil.

O diretor-executivo da Rio Bravo do grupo chinês Fosun, Carlos Zanvettor, resumiu a estratégia de expansão comercial da sua companhia, apresentando um serviço especializado para o grupo de renda média do Brasil.

Jorge Arbache, secretário dos Assuntos Internacionais do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão do Brasil, considera o fundo bilateral Brasil-China, que oferece US$ 20 bilhões para os projetos de cooperação, como um novo modelo de cooperação.

Santiago Mourão, secretário-geral de Cooperação Internacional e Promoção do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, expressou a esperança com a nova parceria e mais oportunidades provocadas pelos compromissos a longo prazo das empresas chinesas no Brasil.