Aplicativo de serviços compartilhados de enfermagem cuidados médicos ao domicílio

Fonte: Diário do Povo Online    31.05.2018 16h44

Um novo aplicativo médico poderá garantir uma solução eficaz para pôr em contacto pacientes idosos e profissionais médicos.

Contudo, este serviço está também a levantar preocupações, relacionadas com a necessidade de uma maior supervisão e regulação do sistema de saúde.

Lançado recentemente na cidade de Jinan, na província de Shandong, e semelhante à maioria dos aplicativos de cuidados de saúde ao domicílio, este põe em contacto os pacientes com os profissionais de saúde, permitindo que os últimos, como enfermeiros, por exemplo, possam se dirigir a casa dos pacientes e oferecer tratamentos mais acessíveis do que os hospitais.

O aplicativo beneficia os profissionais médicos, que são por vezes mal remunerados, e reduz as visitas hospitalares dos pacientes que não tenham urgência de tratamento.

De acordo com os últimos censos, existem atualmente 222 milhões de pessoas com mais de 60 anos na China, muitas das quais padecem de doenças crônicas.

Até à data, existem cerca de 20 aplicações diferentes para cuidados hospitalares na China, segundo a Qilu Evening News.

Zhao Fei, enfermeiro em um dos hospitais da cidade de Jinan, foi o primeiro a fazer uso desta novidade.

Zhao descreveu a experiência como: "É como a Uber. Poupa tempo e dinheiro", referindo que, ocasionalmente, são oferecidos descontos para determinados serviços.

“No entanto, estes aplicativos digitais de saúde estão movendo esforços para conseguirem o seu lugar no sistema de saúde chinês, dado que vivem à margem do sistema atualmente em vigor”, afirmou Jeffrey Towson, docente na Universidade de Pequim.

“A regulamentação adequada e a supervisão de tais serviços online tarda ainda em ser implementada”, acrescentou.

Além disso, outras questões subjacentes, como "disputas entre médicos e pacientes, segurança, e qualificação dos profissionais de saúde, ainda estão sendo abordadas", segundo uma reportagem do Worker Daily News.

Com efeito, em um relatório de 2017, um funcionário do Ministério da Saúde de Shanghai comentara que os enfermeiros que prestam cuidados através de tais aplicativos, “estão a infringir a lei”.

No que diz respeito à viabilidade dos aplicativos de assistência domiciliar, as autoridades sanitárias relevantes acrescentaram que “atualmente não existem políticas regulatórias específicas”, informou a Qilu Evening News. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos