Maputo, 5 mai (Xinhua) -- Afonso Dhlakama, líder do principal partido de oposição em Moçambique, Renamo, morreu aos 65 anos, quando estava a bordo de um helicóptero que o transportava para tratamento médico após uma grave crise diabética, segundo fontes próximas da liderança do Renamo.
Afonso Dhlakama estava escondido em Gorongosa desde o final de 2014, quando o acordo de cessar-fogo foi quebrado entre ele e o governo liderado por Armando Guebuza, o ex-presidente do país.
O atual presidente, Filipe Nyusi, foi a Gorongosa para se encontrar com Afonso Dhlakama por três vezes e tinha promovido o diálogo com ele para discutir resoluções descentralizadas e assuntos militares, especificamente o desarmamento e integração dos homens do Renamo nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Este é um acontecimento sem precedentes na história do Renamo, uma vez que Dhlakama liderava o partido há quase 40 anos.
Dhlakama perdeu a eleição presidencial cinco vezes, dizendo que entre todas as derrotas eleitorais, a maior probabilidade de se eleger foi em 2014, que o partido alega ter vencido em seis distritos no norte de Moçambique.
Dhlakama tinha prometido deixar de se esconder assim que o parlamento aprovasse o documento revisando a constituição, apresentado pelo presidente Filipe Nyusi ao parlamento, sobre o consenso alcançado entre os dois líderes partidários.