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Opinião: China e Índia devem ter grande cooperação

Fonte: Diário do Povo Online    28.04.2018 16h45

Durante os dias 27 e 28 de abril, o presidente chinês Xi Jinping manteve um encontro não oficial com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em Wuhan, capital da província de Hubei. O encontro consistiu num intercâmbio estratégico acerca das mudanças na situação internacional e na troca de opiniões sobre o futuro desenvolvimento das relações bilaterais. 

Durante o encontro de sexta-feira, Xi apontou que a cooperação sino-indiana tem repercussões globais. “Espero que o encontro com o Sr. Primeiro-ministro possa abrir um novo capítulo das relações sino-indianas”, afirmou o chefe de Estado chinês.

Em meio à mudança profunda da situação internacional, tanto a China como a Índia aceleraram o desenvolvimento, promovendo o equilíbrio entre as forças mundiais. Tanto a China como a Índia têm em comum o fato de serem civilizações antigas, países de escala continental em desenvolvimento, com uma população superior a um bilhão de habitantes, e ambos são mercados emergentes. As duas nações deparam-se com desafios e oportunidades semelhantes e têm posições próximas no contexto internacional.

Previsivelmente, os dois países têm mais pontos em comum que disparidades, mais necessidade de cooperação do que enveredar por conflitos regionais. Os dois países devem considerar a outra parte como uma oportunidade ao invés de um desafio ou ameaça. A amizade, cooperação de benefício recíproco e o desenvolvimento comum devem ser opções mandatórias para ambos.

A China e a Índia têm uma história semelhante. No último século, ambos os países experienciaram a luta pela independência nacional e tornaram-se economias emergentes no mesmo período. Hoje em dia, Índia e China encaram um mundo em mudança jamais testemunhado nestas dez décadas.

A nação chinesa experienciou uma ascensão repentina, o enriquecimento e o fortalecimento nacional, estando agora na busca da materialização do “sonho chinês” de rejuvenescimento nacional. O povo indiano tem também o seu próprio “sonho indiano”. As ambições dos dois países devem alinhar-se ao invés de confrontar-se. O dragão e o elefante podem dançar em sintonia. O mais importante é a garantia do entendimento mútuo e da confiança recíproca. 

O chanceler chinês Wang Yi dissera que, existindo confiança política, nem o Monte Evereste pode impedir o intercâmbio amistoso entre a China e a Índia. Na ausência desta, nem mesmo uma planície os pode juntar.

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