Rubens Barbosa, diretor do Instituto de Relações Internacionais e do Comércio Exterior, afirmou durante a sua participação no Fórum de Reconstrução do Brasil, no dia 25, que o resultado das eleições gerais deste ano irá determinar o futuro do desenvolvimento do país na próxima década.

De acordo com a cobertura mediática, Barbosa enfatizou que, de modo a devolver ao Brasil à sua posição de liderança no cenário mundial, a escolha de um candidato idóneo para o efeito é fundamental. “O resultado da escolha pode produzir efeitos de médio prazo na direção do desenvolvimento, incluindo a abertura do país, reformas institucionais, entre outros. Se não se registrarem estes elementos, daqui a 20 anos não iremos alcançar os resultados que ambicionamos no presente”, afirmou.

“O afastamento atual do Brasil face à comunidade internacional é alvo das maiores atenções. Daqui em diante, o desenvolvimento do Brasil poderá seguir dois modelos: um deles é a abertura do mercado, o outro, o seu enclausuramento. O resultado destes dois métodos é o crescimento sustentável ou a réplica do que aconteceu na Grécia”. Barbosa chamou a atenção para o risco de reproduzir no país a crise econômica grega.

O ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Lafer, participou também da discussão. Ele enfatizou o fato de que o Brasil deveria estudar o caso da China, e definir uma visão estratégica para atingir os seus objetivos, por forma a se adaptar à atual tendência de desenvolvimento do mundo.

Lidia Goldenstein, economista do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, disse também no fórum que, embora existam atualmente alguns problemas, o Brasil tem ainda condições para desempenhar um papel importante no futuro da arena internacional.

Para esse efeito, referiu que o Brasil é altamente eficiente em algumas indústrias, como o agronegócio. “Temos as condições internas, mas temos de combinar essas condições com a sociedade para conceber uma estratégia de desenvolvimento que reintegre o Brasil no mundo”, afirmou.

A série de seminários “Reconstrução do Brasil” foi organizada pelo jornal “O Estado de São Paulo” e pelo Centro Cultural São Paulo, tendo angariado apoio de agências de consultoria, e institutos de relações exteriores e investigação internacional.