O Diário do Povo Online conversou com Diogo, português, de 20 anos de idade, atualmente estudante de intercâmbio na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin.
Com uma passagem de um ano pelo curso de Relações Internacionais na Universidade de Lisboa, o nosso entrevistado é um dos porta-vozes de uma nova vaga de juventude, cada vez mais global, que segue quebrando recordes de idade para dar entrada num avião e rumar na aventura que confere o título de “cidadão do mundo”.
O motivo pelo qual se encontra hoje em Tianjin pode ser traçado até uma conferência de estudantes internacionais, na qual participara, no Brasil, onde vivia há sensivelmente 5 anos, junto com a família. Nessa ocasião conhecera alguns estudantes chineses com os quais, devido à incapacidade destes conseguirem usar o português ou o inglês, não conseguira comunicar de forma satisfatória.
O programa de intercâmbio escolar “Rottary International”, explica, veio-se a revelar na oportunidade que lhe permitiria melhor conhecer a realidade no outro lado do mundo, ao garantir-lhe a oportunidade de rumar a Taiwan — uma oportunidade que agarrou com as duas mãos.
Dois anos depois, Diogo, com 17 anos, fazia as malas para Taipé.
Ali residiu com várias famílias locais, frequentou a escola secundária e participou em diversas atividades do programa onde estava inserido. À data da sua chegada, não conseguia sequer articular uma frase em mandarim.
A sua incursão pela Ásia, contudo, não teve um mero propósito turístico ou recreativo. Diogo traçara objetivos claros quanto ao idioma: “Quando fui para lá não falava nada [de mandarim]. O meu objetivo era num ano poder aprender chinês até poder falar fluentemente”.
O tempo que investiu diariamente para atingir este objetivo foi coincidente com a dificuldade que a língua apresenta para falantes nativos do português, um idioma de matriz completamente distinta. “Estudava quatro ou cinco horas de chinês todos os dias”.
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