Trump e especialistas americanos reagem a declarações de Xi Jinping

Fonte: Diário do Povo Online    11.04.2018 10h17

Do presidente Donald Trump aos especialistas americanos, todos tiveram uma resposta positiva perante o discurso proferido pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante o dia de ontem, no Fórum Boao para a Ásia, realizado na província chinesa de Hainan.

Durante a sua alocução na cerimônia inaugural, Xi frisou a determinação chinesa de aprofundar a reforma e abertura, incluindo planos concretos no plano comercial.

Na sua conta de twiter, Trump reagiu entretanto, dizendo estar “muito grato ao presidente Xi pelas suas palavras sobre as tarifas e barreiras aduaneiras aos automóveis...bem como a sua clarividência sobre a propriedade intelectual e a transferência de tecnologias. Vamos fazer grandes progressos em conjunto! ”

Amy Celico, uma ex-diretora sénior para os assuntos da China do Escritório de Representantes Comerciais dos EUA, descreveu o discurso de Xi como “um estímulo para todos nós”.

Celico ressaltou que o discurso de Xi inclui 4 temas – a melhoria do ambiente do mercado, a melhoria do acesso ao mercado por parte de empresas estrangeiras, a melhoria do investimento para estrangeiros e o fornecimento de uma proteção intensificada de propriedade intelectual na China, visando beneficiar tanto estrangeiros como a economia doméstica.

Ela considerou o discurso “muito moderado” pois “não mencionou os Estados Unidos”, acrescentando que Xi apontou que a mentalidade de Guerra Fria é negativa para a economia global.

“Este discurso é uma outra tentativa de Xi Jinping de ser considerado defensor da globalização e da reforma econômica orientada para o mercado”, disse Eswar Prasad, funcionário senior da Instituição Brookings e ex-chefe de divisão da China do FMI.

Ele afirmou que as palavras conciliadoras de Xi sobre o comércio representam a faceta mais moderada da resposta chinesa contra a ameaça de tarifas dos EUA, as quais os chineses haviam dito que retaliariam de forma proporcional.

“A China já respondeu às propostas de sanções comerciais americanas com uma mistura de conciliação e retaliação proporcional, devolvendo o dom da palavra à parte americana”, afirmou. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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