Beijing, 10 abr (Xinhua) -- O rápido desenvolvimento da China nas recentes décadas ofereceu ao mundo amplas oportunidades, de acordo com um economista de grupo de reflexão.
O desenvolvimento estável da China tem sido o principal condutor e estabilizador para o crescimento econômico do mundo, disse Niu Li, economista do Centro Estatal de Informação (CEI), um grupo de reflexão do governo.
"A China não só é beneficiária da globalização econômica, como também contribuidora."
De acordo com o Banco Mundial, a China contribuiu com mais de 30% do crescimento econômico do mundo entre 2013 e 2017, mais do que a contribuição combinada dos Estados Unidos, dos países da zona euro e do Japão.
A reforma estrutural no lado da oferta da China, que inclui cortes de capacidade em setores como aço e carvão, aumentou os preços dos commodities e melhorou a relação oferta-demanda no mercado global, indicou Niu.
Além do PIB, o crescimento da China também trouxe benefícios concretos para as pessoas comuns em todo o mundo. Niu informou que as exportações norte-americanas para o país asiático ajudaram os Estados Unidos a criar 910 mil empregos em 2015, citando os dados do Departamento de Comércio dos EUA.
Segundo as estimativas do CEI, a China ajudou os Estados Unidos a criar 3,31 milhões de empregos em 2016, através das importações de bens e serviços norte-americanos.
Por outro lado, as exportações chinesas, que frequentemente têm baixos preços mais alta qualidade, ajudaram a manter o nível de inflação de muitos países relativamente baixo.
Um estudo realizado pelo Conselho Comercial EUA-China mostrou que em 2015 o comércio dos EUA com a China economizou até US$ 850 em média anualmente para as famílias norte-americanas, ou cerca de 1,5% do rendimento familiar mediano de US$ 56,5 mil dos norte-americanos.
O crescimento inclusivo da China também forneceu experiência e fundos para o restante do mundo em lidar com assuntos globais como a pobreza, acrescentou.
Desde a reforma e abertura do país quatro décadas atrás, a China tirou cerca de 700 milhões de pessoas rurais da pobreza, respondendo por mais de 70% das realizações mundiais na redução da pobreza.
Entre 1950 e 2016, a China financiou aos países estrangeiros mais de 400 bilhões de yuans (US$ 63,42 bilhões) em ajuda e conduziu mais de 11 mil sessões de treinamento para compartilhar sua experiência.
Já que o desenvolvimento chinês entrou em uma nova época, o país está criando mais oportunidades. A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China em 2013, está criando empregos e impulsionando o crescimento para os países e regiões ao longo das rotas, segundo Niu.
De acordo com o Ministério do Comércio da China, em 2017 as empresas chinesas fizeram US$ 14,36 bilhões em investimento direto não financeiro em 59 países ao longo do Cinturão e Rota.
A China continuará abrindo sua porta mais amplamente ao mundo e criando um ambiente de investimento mais atrativo, assinalou ele.
A China deve importar mercadorias no valor de US$ 8 trilhões e atrair investimento estrangeiro de US$ 600 bilhões nos próximos cinco anos, enquanto os turistas do país farão 700 milhões de viagens ao exterior.
"Isso oferecerá ao mundo um mercado mais largo, capital e bens mais abundantes e oportunidades de cooperação mais valiosas", disse Niu.